O F. C. Porto está a encetar contactos para entrar no mercado do Vietname. Depois de uma delegação daquele país ter estado em Portugal, mais concretamente no Estádio do Dragão, agora foi a vez dos portistas retribuírem a visita, com a ida de Henrique Pais, da Porto Comercial, a Hanoi, onde ficou definida uma lista de interesses, também comuns ao seu interlocutor, Do Quanj Hien, o patrão dos clubes SHB e T&T.
As portas deste mercado foram abertas por Henrique Calisto, o seleccionador do Vietname, que vê ali um enorme potencial, em termos de penetração dos clubes portugueses. Já em 2004, o seu filho Tiago Calisto levou a equipa do F. C. Porto B a participar num torneio, juntamente com as selecções do Vietname e da Tailândia, e o Santa Cruz do Recife. De registar que o Arsenal, de Inglaterra, já tem uma escola a laborar naquelas paragens e que o Liverpool prepara-se para o imitar.
Nesse sentido, até foi realizada uma conferência de imprensa, na qual foram adiantados os propósitos dessa parceria. SHB (Saigão Hanoi Bank) e T&T (uma holding empresarial) dão os seus nomes a importantes clubes vietnamitas e a ideia é tirar proveito do "know how" portista. Em troca, o F. C. Porto pode ver realizada uma velha aspiração, que passa por entrar no mercado asiático, pela vertente comercial. O Vietname, só por si, agrega 85 milhões de habitantes, mas, bem próximos, China, Indonésia, Malásia e Singapura, multiplicam por várias vezes a potencial cientela.
A lista de princípios comuns abarca várias áreas, desde as infraestruturas até a domínios mais técnicos. Os vietnamitas apreciaram bastante o Estádio do Dragão e o Centro de Treinos do Olival e querem transpor esse modelo para o seu território. Entre outras iniciativas, também lhes interessa receber acções de formação, recaindo a escolha no F. C. Porto, por ser mundialmente afamado. A estrutura altamente profissionalizada dos dragões foi outro aspecto que os encantou.
Em contrapartida, os portistas pretendem expandir a sua marca e a Ásia é um alvo referenciado. Fazer lá chegar produtos do "merchandising" azul e branco é uma das finalidades deste intercâmbio. Henrique Pais foi a vários pontos do país, durante seis dias.
As portas deste mercado foram abertas por Henrique Calisto, o seleccionador do Vietname, que vê ali um enorme potencial, em termos de penetração dos clubes portugueses. Já em 2004, o seu filho Tiago Calisto levou a equipa do F. C. Porto B a participar num torneio, juntamente com as selecções do Vietname e da Tailândia, e o Santa Cruz do Recife. De registar que o Arsenal, de Inglaterra, já tem uma escola a laborar naquelas paragens e que o Liverpool prepara-se para o imitar.
fonte: Jornal de Notícias
Excelente iniciativa por parte do clube. O mercado asiático carece de uma exploração mais consistente pelo futebol português e é muito bom saber que o FCPorto irá finalmente apostar nesse sentido. Tivemos uma fantástica oportunidade de fazê-lo, quando em 2004 fomos campeões europeus. Mas mais vale tarde do que nunca e o Vietname parece-me ser um local importante e acertado para se explorar.
Do que se depreende da notícia é que iremos "trocar" o ensinamento das nossas competências e do nosso profissionalismo por vantagens comerciais e económicas que possam daí resultar. Estou certo que esta iniciativa do FCPorto irá ser coroada de sucesso e que no futuro, a médio prazo, possamos retirar bastantes dividendos.
A época 2008/2009 foi, soube-se hoje, pautada por um lucro de 5,1 milhões de euros. É a terceira temporada consecutiva que tal acontece, apesar de ainda não entrarem nestas contas as vendas dos activos Lisandro Lopez, Cissokho e Ibson. No relatório apresentado à CMVM é de destacar ainda dois factos: a fundamental receita proveniente da Champions League e o aumento dos custos do pessoal. O primeiro dado vem revelar que é cada vez mais primordial atingirmos fases avançadas dessa prova, o segundo vem mostrar que é importante reduzir-se os custos com o pessoal, pois são uma fonte incrível de despesa. No entanto existem atenuantes para este facto: a conquista do Tetra, da Taça de Portugal e a presença nos quartos de final da Champions League "obrigaram" a SAD do FCPorto a atribuir prémios mais elevados que nas últimas temporadas; e as renovações fulcrais de contracto a jogadores como Fernando, Rolando e Meireles fizeram com que o clube realizasse um maior esforço financeiro.
Resumindo, estes dados todos provam que somos o clube português como maior saúde financeira. Temos uma política desportiva que reflecte o que as nossas finanças necessitam: ter equipas de jogadores jovens, com um grande valor e qualidade, e que no futuro possam ser fontes de receitas elevadas. Esta política desportiva, ao contrário de outros clubes, tem como intuito principal formar campeões. Para tal é fundamental ter jogadores para isso, e se há coisa que se tem que se elogiar na gestão do FCPorto é a preocupação em termos grandes equipas.
1 comentário:
É claro que o mercado asiático é importante e espalhar o F.C.Porto pelo Mundo, fundamental.
Financeiramente estamos bem, mas é muito difícil competir ao mais alto nível. Não vender, vender, aumentar... gerir o plantel não é fácil e obriga a mil cuidados para que não hajam azias e más disposições.
Um abraço
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