domingo, 30 de setembro de 2007

Xeque-Mate

O Porto atingiu o melhor arranque de temporada desde há 16 anos! Meia dúzia de jogos para a Liga e 18 pontos contabilizados. Uma marca assinalável que realça a qualidade da equipa de Jesualdo Ferreira.

O Boavista deslocou-se ao Dragão com a vontade de sempre: não perder. O Porto, por sua vez, estava avisado para a forma de jogar dos axadrezados e sabia que tinha de ter a máxima cautela com o “adormecimento” que o Boavista tenta causar nos adversários. Marcar cedo era uma boa maneira de tentar subverter a conduta do rival da Invicta. No quarto minuto de jogo, Quaresma dispôs de um livre, disparou forte e o guardião Carlos não conseguiu segurar. No ressalto, Lisandro atirou a bola por cima da baliza. Minutos depois, num lance em tudo semelhante, os mesmos protagonistas tiveram mais sucesso, com Lisandro a abrir o marcador. Com este golo, o Porto tentou gerir o resultado, mas foi então que o Boavista começou a fazer o seu jogo. Procurando adormecer o Porto, tapando-lhe todos os espaços, o Boavista procurava jogar no erro do adversário e partir rápido para o ataque. Na primeira parte, no entanto, só por uma vez incomodou Helton.

Depois do intervalo, o Boavista surgiu mais espevitado e procurou explorar uma toada mais moderada do Porto. Não é menos verdade que o Boavista também cresceu no jogo auxiliado pelos assobios dos adeptos do..... Porto. Mais uma vez, o líder do campeonato português, Bicampeão Nacional, teve o sacrilégio de escutar assobios dos seus próprios adeptos! O Porto até esse momento não estava a fazer um grande jogo, é certo, mas estava a vencer! Isso era o mais importante. Até porque jogar contra o Boavista não é fácil, já que o derby da Invicta é o jogo do ano para eles. Quem joga contra o xadrez do Bessa sabe perfeitamente que tem de se adaptar, de certa forma, ao estilo de jogo dos boavisteiros. Se eles são agressivos a defender e fazem uso de um futebol prático, quem jogar contra eles tem também de ser agressivo, ripostando na mesma moeda e deixando os floreados para outras ocasiões. Nem sempre um jogo competitivo e bem disputado é sinónimo de futebol bonito. Penso que foi isso que se passou durante o jogo de ontem. Todavia, honra seja feita às claques do clube que nunca deixaram de cantar pelo Porto, incentivando a equipa nesses momentos menos bons.

O Boavista surgiu então mais perto da baliza de Helton que, com maior ou menor dificuldade, foi anulando as investidas. Nunca desistindo do ataque, o Porto foi sendo mais cauteloso à medida que o cronómetro avançava. Eis que, quando uma parte do Dragão reprovava o encaminhamento de Bolatti para entrar na partida, Lisandro López aproveitou um cruzamento de Cech para fazer um golo de raiva! Claro que os “adeptos do assobio" festejaram efusivamente o golo como se nunca tivessem desrespeitado toda a equipa....... Enfim......

Com o 2-0 o Porto sentenciava a partida. Num jogo de muita luta, o Porto conseguiu mover as suas unidades de modo a provocar brechas na muralha defensiva do tabuleiro axadrezado. Lisandro foi o grande obreiro deste xeque-mate. Desde 90/91 que o Porto não tinha um arranque de campeonato tão auspicioso. Para se lutar por mais e melhores resultados, todos os adeptos são importantes no auxílio à equipa, desde que deixem o “assobio” em casa, claro.

6ª Jornada da Liga: FC Porto 2-0 Boavista

Estádio do Dragão, Porto

31 809 espectadores









FC Porto: Helton; Bosingwa, Stepanov, Bruno Alves e Cech; Lucho (Bolatti, 77’), Paulo Assunção e Raul Meireles (Adriano, 77’); Tarik (Leandro Lima, 46’), Lisandro e Quaresma.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Boavista: Carlos; Rissutt, Ricardo Silva, Marcelão e Moisés; Fleurival, Diakité e Jorge Ribeiro; Zé Kalanga (Bangoura, 53’), Edgar e Mateus (Laionel, 70’).

Treinador: Jaime Pacheco

Marcadores: 1-0, Lisandro (15m); 2-0, Lisandro (75m)

Disciplina: amarelo a Zé Kalanga (4m), Rissutt (62m), Bangoura (74m), Lisandro (75m), Diakité (90m).

Melhor em campo: Lisandro

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Parabéns Campeão, 114 anos de pujança!

António Nicolau d’Almeida fundou, no dia 28 de Setembro de 1893, o Football Club do Porto. Por motivos profissionais, Nicolau d’Almeida deslocava-se frequentemente a Inglaterra e aí ficava fascinado com o futebol. Regressado de uma dessas viagens, tentou introduzir essa modalidade no Velo Club do Porto. Todavia, esta agremiação da cidade rejeitou essa proposta por pretender apostar no ciclismo. Não se resignando, Nicolau d’Almeida, juntamente com alguns amigos da alta sociedade portuense, fundou este nosso mágico clube. Onde quer que esteja, António Nicolau d’Almeida há-de estar orgulhoso pelo percurso que o FC Porto trilhou até aos dias de hoje. Em Portugal, na Europa, no Mundo, o Futebol Clube do Porto escreveu, escreve e escreverá a sua história. A memória, força e ideais dos fundadores continuarão a ser inspiração para alcançar as vitórias futuras. De 1893 até à eternidade... Parabéns, Futebol Clube do Porto!

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Abulia, lotaria & milagre

Depois do furor do campeonato, o Porto não encontrou estímulos suficientes para encarar o Fátima e a Taça da Liga como alvos importantes. Pior, nem mesmo os menos utilizados fizeram pela vida de modo a mostrarem ao treinador que pode contar com eles. Só dois ou três é que escaparam à monotonia.

Jesualdo optou por rodar a equipa nesta eliminatória da Taça da Liga. Acho que fez bem. Primeiro, têm sido praticamente as mesmas unidades a disputar os jogos. Segundo, aproximam-se desafios importantes no campeonato e na Champions League, não esquecendo a Taça de Portugal. Terceiro, e não menos importante, é justo que todos tenham oportunidades de alinhar com a camisola azul e branca, de modo a provarem a sua competência ao treinador. Teoricamente, a equipa que o Porto apresentou ontem contra o Fátima deveria ser superior à equipa do centro do país. Infelizmente, no campo, as coisas foram diferentes.

Uma equipa composta na sua maioria por reforços não é a mesma coisa que uma equipa rotinada e com mecanismos de jogo. Todavia, a valia individual de cada atleta do Porto, jogando contra uma equipa do segundo escalão, deveria ser suficiente para colmatar essa lacuna. Não foi só uma equipa sem rotinas de jogo, foi uma equipa apática e desmotivada. Faltou alma ao Porto. Faltou chama. Faltou comprovar em campo que o Porto era melhor do que o Fátima, mesmo jogando com uma equipa diferente do habitual. Quando o Golias não tem mais vontade de vencer, o David, na sua humildade, encontra uma fragilidade para explorar e que o pode catapultar para a vitória. Isso não aconteceu nos 90 minutos, mas nos penalties houve milagre.

Que dizer dos penalties? São uma lotaria! O Porto perdeu no momento em que terminaram os 90 minutos regulamentares. Aí é que o Porto deveria ter resolvido tudo a seu favor. Para o Fátima, chegar aos penalties, mesmo antes de os marcar, já era uma proeza extraordinária. Não foi a Nossa Senhora de Fátima que permitiu que se chegasse aos penalties, foi o Porto, apenas. Pelo feito histórico, só resta felicitar o Fátima pela vitória. Pelos pecados, só resta aos atletas do Porto penitenciarem-se, reflectirem e trabalharem nos limites para vencerem o Boavista. Tudo isto, na esperança de que o Concílio do Dragão, marcado para Sábado, absolva os atletas de todos os pecados cometidos.

Taça da Liga: Fátima 0-0 FC Porto (4-2, após g.p.)

Estádio Municipal de Fátima

Fátima: Pedro Duarte; Marco Airosa, Duarte Machado, Veríssimo, Jorge Teixeira, João Fonseca, Falardo (Moreira, 83'), Cícero (Miguel Xavier, 63'), Joel, Saleiro e Marinho.

Treinador: Rui Vitória

FC Porto: Nuno; Fucile, Stepanov, João Paulo e Lino; Bolatti, Kazmierczak (Cech, 46') e Leandro Lima; Rui Pedro (Adriano, 46'), Farias (Edgar, 66') e Mariano Gonzalez.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Grandes Penalidades: 0-1, João Paulo; 1-1, Miguel Xavier; 1-2, Leandro Lima; 2-2, Saleiro; 3-2, Moreira; 4-2, Marinho.

Falharam: Lino e Mariano Gonzalez.

Disciplina: amarelo a Cech e João Fonseca.

Melhor em campo: Pedro Duarte

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Passos de Campeão

O Porto deu na Mata Real mais um passo importante na consolidação da posição cimeira da tabela. Cedo os dragões mostraram que não teriam o menor pejo em chamuscar qualquer mobília que lhes aparecesse à frente. Cinco jogos e cinco vitórias perfazem um dos melhores arranques de temporada do Porto.

O Paços de Ferreira não resistiu a uma entrada poderosa do Porto. Entusiasmado com o trabalho feito na jornada anterior frente a um clube da Madeira, Lisandro não deixou os créditos por pés alheios já que estava em causa trabalhar novamente a ....madeira. Logo aos onze minutos, o clube da Capital do Móvel não conseguiu deter Lisandro, que muito provavelmente deve ter bichos de carpinteiro, tal é a postura irrequieta do argentino em campo.

Edgar jogou de início e mostrou-se útil para a equipa. Quaresma ofereceu-lhe um excelente cruzamento e o avançado brasileiro cabeceou muito bem para a baliza. Porém, Peçanha respondeu à altura com uma espectacular defesa. Tranquilamente o Porto dominou o encontro até ao intervalo. O Paços adoptou uma postura bastante competitiva e guerreira mas não conseguiu criar verdadeiras oportunidades de golo junto da baliza de Nuno.


A confirmação da vitória do Porto surgiu aos 67 minutos. Leandro Lima lançou Lisandro e o artista argentino tratou de rematar para o fundo da baliza do Paços de Ferreira. Antes mesmo deste golo, o Porto havia desperdiçado soberanas oportunidades de sentenciar a partida. Esta foi apenas a confirmação da superioridade do Porto durante todo o encontro, não obstante a excelente atitude competitiva do Paços de Ferreira. Oxalá todas as equipas da Liga fossem assim como o Paços e estivessem na disposição de jogar o jogo pelo jogo. Certamente que os espectáculos melhorariam.

Na ressaca da jornada europeia, o Porto mostrou que luta sempre pela vitória, independentemente de com quem estiver a jogar ou de como tiver de jogar. O objectivo deste jogo foi alcançado e assim o Porto deu mais um passo seguro rumo ao ansiado Tricampeonato. Na próxima jornada, o Porto terá mais um óptimo desafio em perspectiva no sempre escaldante derby tripeiro.

5ª Jornada da Liga: Paços de Ferreira 0-2 FC Porto

Estádio da Mata Real, Paços de Ferreira












Paços de Ferreira: Peçanha; Ferreira, Rovérsio, Luiz Carlos e Mangualde; Filipe Anunciação (Pedrinha, 58'), Dedé e Fernando Pilar; Ricardinho, Cristiano (Furtado, 34') e Edson (Edson Di, 70').

Treinador: José Mota

FC Porto: Nuno; Bosingwa, João Paulo, Bruno Alves e Fucile; Paulo Assunção (Tarik, 83'), Raul Meireles (Bolatti, 63') e Lucho González; Lisandro, Quaresma e Edgar (Leandro Lima, 58').

Treinador: Jesualdo Ferreira

Marcadores: 0-1, Lisandro (11m); 0-2, Lisandro (67m)

Disciplina: amarelo a Fernando Pilar (23m), Luiz Carlos (25m), Pedrinha (77m), Ricardinho (83m), Leandro Lima (85m) e Furtado (90m).

Melhor em campo: Lisandro

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Também nunca hás-de caminhar sozinho!

O FC Porto – Liverpool ficou tristemente marcado pelos assobios dirigidos por alguns supostos “adeptos” do FCP à sua própria equipa, durante e no fim da partida. Eu sou muito claro. Pessoalmente, achei inadmissível esse tipo de comportamento! Um empate com o Vice-Campeão da Europa nunca deveria ser motivo para apupos e nem o facto de o Liverpool ter estado reduzido a dez jogadores justifica esta atitude por parte de uma parcela dos adeptos do Porto. Manifesto o meu total repúdio pelos assobios que, na minha óptica, devem ser interpretados como uma falta de respeito desses “adeptos” para com o esforço e abnegação dos nossos atletas. Quem fere de modo tão leviano o símbolo do FC Porto é porque verdadeiramente não sente o clube. Quase apostava que esses que assobiaram só foram ao Dragão ontem porque o Liverpool, o tal Vice-Campeão da Europa, se deslocou à Invicta. Se fosse para ver um jogo com um clube de 2ª divisão ou se o tempo não estivesse de feição talvez ficassem em casa, que é o sítio onde todos os “adeptos do assobio” devem estar!

Quem realmente ama o Porto, ama-o sempre, nas vitórias, nas derrotas e nos empates. Um simples resultado não deve significar nada comparado com o sentimento que umbilicalmente nos deve unir ao clube. Unicamente importa que o Porto esteja sempre no sítio do costume, ou seja, na parte superior esquerda do nosso tronco, funcionando como razão do nosso viver! A grandeza de um clube também se mede pelos adeptos que tem. Adeptos que exigem mais do que amam não devem ser adeptos de clube nenhum do mundo! Só quem ama, tolera! Defendo a atitude dos jogadores no jogo de ontem, mas não sou advogado de defesa deles nem tão pouco idolatro os jogadores, amo é aquela camisola que trazem vestida. Por isso, respeito o trabalho deles, que é defenderem o melhor possível as nossas cores. Haverá um pingo de amor quando se assobia aquela camisola? Há que ter lucidez e sensibilidade suficientes para compreender que a infelicidade acontece a qualquer jogador, a qualquer treinador, a qualquer equipa. Há que saber perder, aceitar os resultados menos bons e nunca, mas nunca, deixar que isso interfira na forma como devemos viver o clube.

Em todas as vezes que me desloquei aos estádios para ver o Porto jogar, nunca assobiei um jogador sequer. Nunca! Desde miúdo que considero um privilégio, por motivos vários, poder estar presente a assistir ao vivo a um jogo da equipa do meu coração. Jamais conceberia estragar esses momentos solenes com apupos e assobios àqueles que defendem a “minha” camisola. Quando alguém vaia a sua própria equipa está a vaiar automaticamente a instituição e está igualmente a vaiar-se a si mesmo, enquanto parte integrante dessa mesma agremiação. Não chegará o desconforto, a indignação e a repugnância que sentimos quando vemos os nossos rivais tratarem mal o nosso emblema e os nossos jogadores? Honra a todos os que amam mais o clube do que os resultados.

Se amamos o Porto não é obrigatório querê-lo perfeito, precisamente porque o que sentimos deve sobrepor-se a isso. Eu amo o Porto por aquilo que ele é, não por aquilo que eu sou ou por aquilo que quero que o Porto seja. Eu estive, eu estou, eu estarei sempre com o Porto, independentemente de onde ele estiver (refiro-me à 2ª, 3ª ou quaisquer outras divisões), de como estiver (em 1º, 2º, 3º ou 10º, em crise de resultados, em séries vitoriosas consecutivas) e com quem estiver (seja este treinador ou seja outro, seja este presidente ou seja outro, sejam estes jogadores ou sejam outros).

Não exijam, amem. Se forem capazes de suportar os maiores infortúnios da equipa, então aí saberão que amam irredutivelmente o Porto. E, a partir desse momento, nada nem ninguém conseguirá abalar um amor que há-de ser eterno!

Ponto inglês

Na estreia na Champions League edição 2007/08, o Porto empatou frente ao Liverpool. O Bicampeão Português defrontou o Vice-Campeão da Europa naquele que foi o terceiro embate entre os dois emblemas. No histórico dos confrontos, registaram-se dois empates e uma vitória para o Liverpool.

Se nos duelos com equipas inglesas o Porto é feliz a jogar em casa, no particular com o Liverpool o clube da Invicta não foi além de dois empates. A forma decidida, empolgante, personalizada com que o Porto entrou ontem na partida, poderiam ser sinais de que estaria a hora e meia de ser batida a invencibilidade do Liverpool no reduto do Porto. Assim não aconteceu, infelizmente. Apesar de Lucho González ter convertido uma grande penalidade que colocou o Porto em vantagem, os homens da cidade dos Beatles empataram o jogo poucos minutos depois. Kuyt foi mais lesto que os centrais do Porto e finalizou cara-a-cara com Nuno.

O Porto foi sempre a equipa que mais procurou a vitória. Todavia, a equipa portuguesa não conseguiu penetrar na bem montada estrutura defensiva dos ingleses. Numa das poucas vezes em que o Liverpool permitiu veleidades, Quaresma colocou Reina fora de acção, mas Hyypia, praticamente em cima da linha de golo, salvou o Liverpool. Aproveitando a insistência do Porto na procura do golo da vitória, o Liverpool foi procurando tirar proveito do contra-ataque. Numa dessas ocasiões, Kuyt recuperou a bola no ataque e com o apoio de outros companheiros quase lograva marcar. Valeu Quaresma que em missão defensiva colocou a bola pela linha de fundo, numa jogada que levava muito perigo para a baliza de Nuno.

Saliente-se que desde o minuto 58 o Porto jogou contra dez unidades do Liverpool por expulsão de Pennant. No entanto, essa situação só serviu para complicar o jogo ao Porto, pois se o Liverpool com onze homens tentava a todo o custo defender o empate, com a expulsão do inglês o Liverpool fechou-se ainda mais na defensiva. Assim, era deveras complicado para o Porto chegar à baliza contrária, mesmo com as unidades ofensivas que entraram na segunda parte. O Liverpool aguentou-se até ao final do jogo e conquistou o pontinho que desde cedo ambicionava.

Champions League Grupo A: FC Porto 1-1 Liverpool

Estádio do Dragão, Porto

41 208 espectadores










FC Porto: Nuno; Bosingwa, João Paulo, Bruno Alves e Fucile; Lucho, Paulo Assunção e Raul Meireles (Mariano, 64'); Tarik (Farías, 64'), Lisandro e Quaresma.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Liverpool: Reina; Finnan, Carragher, Hyypia e Arbeloa; Pennant, Gerrard, Mascherano e Babel (Fábio Aurélio, 84'); Kuyt e Torres (Voronin, 77').

Treinador: Rafa Benitez

Marcadores: 1-0, Lucho (8m, g.p.); 1-1, Kuyt (17m)

Disciplina: Amarelo a Bosingwa (9m), Pennant (26 e 58m), Torres (73m), Kuyt (75m) e Mascherano (90m); vermelho a Pennant (58m).

Melhor em campo: Fucile

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Memorial: SL Benfica 0-5 FC Porto

18/9/1996: A Capital Tremeu !!!!!!!

No dia 18 de Setembro de 1996, Lisboa tremeu com a goleada imposta pelo FC Porto ao Benfica, num jogo a contar para a Supertaça Cândido de Oliveira. A goleada de 0-5 constituiu a maior humilhação de sempre dos benfiquistas na sua própria casa. Os heróis que marcaram foram Artur, Edmilson, Jorge Costa, Wetl e Drulovic. Nunca como na noite de 18 de Setembro de 1996 a Capital sentiu o poder arrasador do FC Porto.

domingo, 16 de setembro de 2007

Sozinho no sítio do costume

A saga continua. Quatro jogos, quatro vitórias. No jogo da liderança, o Porto ludibriou o difícil caminho de pernas maritimistas e isolou-se no comando da tabela classificativa. Uma situação que o Porto tem ano após ano saboreado.

O Porto entrou decidido a resolver a partida bem cedo. As unidades mais ofensivas estiveram em grande actividade e foram auxiliadas por um irrequieto Bosingwa. Só muito teimosamente é que o Marítimo foi adiando o golo portista. À medida que o cronómetro ia avançando, diminuía a intensidade do Porto. Os madeirenses foram aproveitando a ocasião para fazerem uma aproximação à baliza defendida por Nuno. Destaque para Tarik que entrou na fase do Ramadão mas mesmo assim foi um dos grandes dinamizadores da partida. Na frente, Lisandro não poupou esforços e trabalhou a toda a largura do ataque portista. Quaresma não esteve tão endiabrado como noutras ocasiões mas teve bons apontamentos. Lucho também trabalhou muito no seu raio de acção. Os golos não surgiram na primeira parte mas não foi por falta de empenho ou de oportunidades. Mérito ao Marítimo que soube aguentar a pressão inicial do Porto e revelou mestria a defender.

No início da segunda parte, Farías entrou para o lugar de Tarik e Lisandro passou a ocupar uma das alas. Seja em que terreno for, Lisandro demonstra uma versatilidade a todos os níveis impressionante. Foi um dos elementos que mais abnegadamente trabalharam naquele relvado. Tamanha dedicação merecia uma recompensa. Ela surgiu aos 59 minutos. Lisandro foi solicitado por Cech e de cabeça marcou o golo da vitória do Porto. Um tento mais do que merecido para o Porto e também para Lisandro.

O mais difícil estava feito e convinha dosear o esforço e manter o resultado. A partir daqui, o jogo teve algumas paragens que não abonaram a favor do espectáculo. A entrada de Leandro Lima trouxe uma maior alegria e vivacidade ao jogo e teve uma óptima chance para facturar. Por seu turno, o Marítimo dispôs de uma boa situação para marcar perante a hesitação da defesa portista. No deve e haver, o Porto foi melhor, procurou mais a baliza adversária e teve como prémio uma vitória merecida. Lisandro ofereceu a liderança isolada ao Porto e nem foi necessário recorrer ao murro, uma cabeçada bastou para impor um K. O. ao adversário.

4ª Jornada da Liga: FC Porto 1-0 Marítimo

Estádio do Dragão, Porto

38 519 espectadores










FC Porto: Nuno; Bosingwa, João Paulo, Bruno Alves e Cech; Lucho, Paulo Assunção (Bolatti, 90')e Raul Meireles (Leandro Lima, 71'); Tarik (Farías, 46'), Lisandro e Quaresma.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Marítimo: Marcos; Briguel, Ediglê, Antoine e Evaldo; Bruno e Olberdam; Marcinho (Fogaça, 77'), Mossoró e Fábio Felício (Edder, 88'); Kanu.

Treinador: Sebastião Lazaroni

Marcador: 1-0, Lisandro (56m)

Disciplina: amarelo a João Paulo (20m), Olberdam (34m), Fábio Felício (59m) e Quaresma (67m).

Melhor em campo: Lisandro

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Hino do Futebol Clube do Porto

Quando a caneta verte o sangue das veias (6)

Hino do Futebol Clube do Porto

Ó meu Porto onde a eterna mocidade
Diz à gente o que é ser nobre e leal
Teu pendão leva o escudo da cidade
Que na história deu o nome a Portugal

Ó campeão, o teu passado
É um livro de honra de vitórias sem igual
O teu brasão abençoado
Tem no teu Porto mais um arco triunfal

Porto, Porto, Porto, Porto
Porto, Porto, Porto, Porto
Porto, Porto

Quando alguém se atrever a sufocar
O grito audaz da tua ardente voz
Oh, Oh, Porto, então verás vibrar
A multidão num grito só de todos nós

Ó campeão, o teu passado
É um livro de honra de vitórias sem igual
O teu brasão abençoado
Tem no teu Porto mais um arco triunfal

Porto, Porto, Porto, Porto
Porto, Porto, Porto, Porto
Porto, Porto

Letra: Heitor Campos Monteiro
Música: António Figueiredo e Melo
Interpretação: Maria Amélia Canossa

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Ajuste de contas: 3º assalto

O Porto amealhou mais três pontos no campeonato, somando três vitórias em outros tantos jogos. Leiria não foi um mero passeio, mas a equipa da casa bem que precisava de uma zona verde para encher os pulmões de ar puro e para se revitalizar. A deslocação do Leiria a Israel teve como efeitos, em primeiro lugar, a novidade de existirem sete equipas portuguesas nas provas da UEFA e, em segundo, a natural fadiga provocada pela viagem. Saúde-se, acima de tudo, a brilhante vitória do Leiria contra o Maccabi Netanya, que trouxe prestígio para Portugal.

Cedo o clube da Invicta podia ter a vida facilitada. Logo ao terceiro minuto de jogo, Bosingwa marcou, mas a equipa de arbitragem anulou o lance. Erradamente. Assim, mesmo com poucas forças, o Leiria acreditou que podia causar problemas ao Porto, tal como na época passada. A forma como o Porto jogou e a intensidade que emprestou à partida revelar-se-iam determinantes para o desfecho final. O Leiria aguentou até onde pôde, ou seja, trinta e sete minutos. Quaresma decidiu que estava na hora de fazer qualquer coisa, cruzou, Tarik recebeu no peito, chutou e inaugurou o placar. Com este golo, o Porto tinha a vitória na mão.

Na segunda parte, a dúvida era saber se o Porto se contentava com o 0-1 e fazia a gestão do esforço ou se procuraria mais golos. Os pupilos de Jesualdo Ferreira optaram, e bem, pela segunda via. Marcaram mais dois golos por intermédio de Lisandro e de João Paulo. Saliente-se, no entanto, e sem quaisquer subterfúgios, que o segundo golo do Porto foi alcançado à margem das leis. Bruno Alves, no momento em que cruzou para Lisandro cabecear para golo, deixou que a bola ultrapassasse totalmente a linha de fundo. Tal como aos três minutos de jogo, a equipa de arbitragem tomou uma decisão errada. Primeiro em prejuízo do Porto, agora em desfavor do Leiria. Apesar de tudo, a vitória foi inteiramente justa e o resultado só peca por defeito.

Como curiosidade, o Porto nos três primeiros jogos do campeonato encontrou e venceu três adversários com quem perdeu na época passada. Se a ida a Braga foi coroada de sucesso, se a recepção ao Sporting redundou num triunfo, se a passagem por Leiria podia ter contornos de goleada, as expectativas para as próximas jornadas são bastante elevadas. Partilhando a liderança, Porto e Marítimo têm encontro marcado precisamente na próxima ronda do campeonato português, num jogo que promete ser bem interessante e que pode valer a liderança da prova.

3ª Jornada da Liga: Leiria 0-3 FC Porto

Estádio Dr. Magalhães Pessoa, Leiria

4 419 espectadores

Leiria: Fernando; Eder, Bruno Miguel, Eder Gaúcho e Laranjeiro; Faria (Toñito, 82'), Tiago e Lukasiewicz (João Paulo, 52'); Sougou, Paulo César e N' Gal (Cadu, 48').

Treinador: Paulo Duarte

FC Porto: Nuno; Bosingwa, Bruno Alves, João Paulo e Fucile; Lucho, Paulo Assunção (Leandro Lima, 70') e Raul Meireles; Tarik (Mariano, 65'), Lisandro (Edgar, 74') e Quaresma.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Marcadores: 0-1, Tarik (37'); 0-2, Lisandro (49'); 0-3, João Paulo(66')

Disciplina: Amarelo a Tarik (32m), Faria (67m), Eder Gaúcho (77m), João Paulo (87m), Quaresma (90m)

Melhor em campo: Raul Meireles