quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Champions League: Adversários Grupo A




Liverpool, Olympique de Marseille e Besiktas são os adversários do Porto na fase de grupos da Champions League 2007/08. Três opositores difíceis que obrigarão o Porto a dar o melhor de si para conseguir passar esta fase. O Liverpool é o Vice-Campeão da Europa e tem um palmarés que dispensa comentários. O Marselha presentemente não apresenta uma equipa tão forte como as que formou no passado, embora tenha um plantel formado por jogadores experientes como Zenden ou Cissé. O Besiktas apresenta como trunfo o ambiente quente típico dos estádios turcos.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Azul, cor com história: Mónaco 2003

A data de 29/08/2003 constituiu um dos poucos momentos negativos do Porto da era José Mourinho. No Mónaco, o Porto foi incapaz de vencer o AC Milan na disputa da Supertaça Europeia. Shevchenko marcou aos 10 minutos o solitário golo que permitiu a ida do troféu para Itália. Assim, a Supertaça Europeia conquistada pelo Porto em 1987 frente ao Ajax continua a ser a única em Portugal.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Coreografia do Colectivo Ultras 95

Em qualquer clássico ou derby que se preze é tradição que as bancadas recebam a preceito os atletas. Assim sendo, neste clássico entre FC Porto e Sporting, as claques do clube da Invicta esmeraram-se no embelezamento das bancadas. Os momentos que antecederam a entrada das equipas foi um dos pontos altos da noite. Destaque para a deslumbrante coreografia que o Colectivo Ultras 95 preparou na Superior Norte. Reutilizando uma fórmula que garantira um excelente resultado há dois anos contra o Benfica, o Colectivo levantou uma enorme rede com o novo brasão da claque. O efeito foi sensacional. Esta coreografia, para além de ser um marco no tifo em Portugal, foi mais um momento em que o Colectivo mostrou o seu “orgulho em ser tripeiro”.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Stojkovic e mais dez

O Porto bateu o Sporting e soma seis pontos em dois jogos no campeonato. Depois de ter perdido na Supertaça, o Porto redimiu-se no confronto com o Sporting e impôs uma derrota à equipa de Paulo Bento, que não perdia há 26 jogos. A determinação, a persistência, a raça e a inteligência ditaram o vencedor do encontro entre dragões e leões.

Na primeira parte, o Porto teve um maior caudal ofensivo que o seu opositor e fez por justificar uma vantagem que não aconteceu ao fim dos primeiros 45 minutos. O Sporting optou por uma postura mais recatada e foram raros, mesmo muito raros, os ataques à baliza de Helton neste período do jogo. Tarik e Quaresma mostraram serviço e tiveram um papel de destaque nos principais lances de perigo do Porto na primeira parte. Aos 21 minutos, Quaresma efectuou um passe sensacional para Tarik, que passa por Polga, entra na área e faz a bola viajar em frente da baliza sportinguista sem que ninguém a ancorasse nas redes de Stojkovic. E começa a ser complexa a relação que Quaresma desenvolve com os postes. Numa posição territorial semelhante à que deu origem ao segundo golo em Braga, Quaresma executou um livre directo, fez a bola passar por cima do gigante (1, 95 metros) Stojkovic e a barra salvou o Sporting de ir em desvantagem para o intervalo.

Se na primeira parte Stojkovic foi o elemento leonino mais em evidência pelo perigo que rondou a sua baliza, no segundo período o guardião sérvio foi decisivo para as contas finais da partida. Aos 49’, Stojkovic brilha ao fazer parar um disparo forte de Postiga. O guarda-redes do Sporting, no entanto, não consegue segurar a bola, que sobra para Quaresma. O extremo portista precipita-se e rematou por cima da baliza Sul do Estádio do Dragão. O momento da partida estava reservado para o minuto 52, quando Stojkovic agarrou a bola após esta ter sido endossada por Polga, que efectuara um desarme a Postiga. Stojkovic cometeu um erro crasso que foi punido com um livre indirecto em cima da linha da pequena-área. O curioso é que Stojkovic tinha todo o tempo do mundo para ter aliviado a bola com os pés para qualquer lado do estádio. Porém, não o fez e ainda teve o desplante de ter tentado queimar tempo com o lance, esperando que Postiga o pressionasse para agarrar finalmente a bola com as mãos.

Na marcação do livre indirecto, o Porto num primeiro momento tomou o pulso à reacção defensiva dos leões. Com a barreira situada em cima da linha de golo, o Porto simulou que marcava o livre e Stojkovic lançou-se sobre a bola. Num segundo momento, quando tudo estava à espera que Lucho tocasse a bola para Quaresma estourar, o argentino pisou-a e deslocou-a para trás de si onde estava Raul Meireles, que fez tremer primeiro os jogadores do Sporting e finalmente fez tremer as redes da baliza do Sporting. O clube de Alvalade operou mudanças ao longo da segunda parte e conseguiu equilibrar o jogo em busca do empate. O Porto defendeu-se bem mas podia ter explorado melhor o contra-ataque, pois o Sporting atacava desesperadamente. O melhor que o Sporting fez na partida foi quando, ao minuto 88, Derlei rematou forte e Helton não conseguiu segurar a bola. O jogo acabaria instantes depois.

Resumindo, o Porto teve espírito de sacrifício, humildade e trabalhou em equipa. Foi mais inteligente durante a partida e mostrou atitude e futebol suficientes para vencer. Finalmente, não necessitou de contar com o génio de Quaresma para marcar. Desta feita, foi Raul Meireles a ser decisivo, o que terá eventualmente sido uma surpresa para Vukcevic, já que, durante a semana, o montenegrino afirmou que o FC Porto era Quaresma e mais dez unidades. Com vista privilegiada do banco de suplentes do Dragão, onde esteve durante grande parte do tempo, talvez Vukcevic tenha apreciado mais algum jogador para além de Quaresma e quiçá tenha mudado a sua opinião sobre o FCP. Todavia, seria interessante questioná-lo sobre o que ele pensa da equipa do Sporting actualmente. Será que se fosse questionado, Simon Vukcevic responderia que o Sporting é Stojkovic e mais dez?

Azul, cor com história: Mónaco 2004

No dia 27 de Agosto de 2004, o Porto perdia a oportunidade de conquistar a sua segunda Supertaça Europeia. Frente ao Valência, a equipa portuguesa foi derrotada por 2-1. Baraja e Di Vaio facturaram para os espanhóis, enquanto que Quaresma marcou o tento de honra dos portistas.

2ª Jornada da Liga: FC Porto 1-0 Sporting

Estádio do Dragão, Porto

49 709 espectadores

FC Porto: Helton; Bosingwa, Bruno Alves, Pedro Emanuel e Fucile; Lucho, Paulo Assunção e Raul Meireles (Mariano, 67'); Tarik (Postiga, 46'), Lisandro (Bollati, 85') e Quaresma.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Sporting: Stojkovic; Abel (Djaló, 76'), Tonel, Polga, Ronny (Pereirinha, 76'); Miguel Veloso; Izmailov (Vukcevic, 62'), Romagnoli e João Moutinho; Derlei e Liedson.

Treinador: Paulo Bento

Marcadores: 1-0, Raul Meireles (53')

Disciplina: Amarelo a Quaresma (34'), Derlei (52'), Tonel (53'), Polga (72'), Bosingwa (87') e Helton (90').

Melhor em campo: Lisandro

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Passo a palavra (4)

«Jogar em casa, perante o nosso público e com o estádio cheio será certamente um incentivo-extra para nós. Sabemos que não vai ser fácil, pois o Sporting tem uma equipa forte, mas estou seguro de que temos condições para vencer. Acima de tudo, vamos tentar fazer um bom jogo e proporcionar aos adeptos um belo espectáculo.»

Pedro Emanuel in www.fcporto.pt

domingo, 19 de agosto de 2007

O arsenal de Quaresma

O campeonato começou da melhor maneira para o FC Porto. O clube da Invicta deslocou-se a Braga e alcançou o triunfo num terreno deveras difícil. Regra geral, o Braga é uma equipa que cria muitas dificuldades ao Porto, principalmente no seu reduto. A equipa arsenalista não contaria certamente que o Porto tivesse em Quaresma um atirador tão certeiro e detentor de um calibre tão potente e destrutivo.

O jogo foi muito agradável de se assistir. As duas equipas entraram em campo tendo como mira a baliza adversária. Quando assim é, o futebol só tem a ganhar, pois um jogo defensivo não interessa nem ao Menino Jesus. Assim sendo, a partida reuniu todos os condimentos para que o espectáculo fosse bom. O que felizmente aconteceu. Para bem do futebol e dos adeptos deste desporto.

O Porto foi fiel à sua identidade e cedo mostrou que queria a vitória. Tarik e Lucho entraram no onze, enquanto que Fucile (lesionado) e Lisandro (castigado!!!???) não foram opção para Jesualdo Ferreira. Os azuis e brancos fizeram uma primeira parte de grande nível e neutralizaram quase por completo o Braga. Quaresma não esqueceu a injustiça que o tolheu na Supertaça e vingou-se ontem com dois tiros que tiveram tanto de mortíferos como de espectaculares!

Aos 34’, na cobrança de um livre directo, Quaresma apontou, disparou, incendiou as mãos de Dani e fez sacudir violentamente as redes, para além de ter lançado o caos no sector portista presente no Municipal de Braga. Um tiraço de Quaresma a dar a vantagem ao Porto. No reatar das emoções, o Braga surpreendeu. João Pinto com um subtil desvio à entrada da pequena área restabeleceu o empate. O Porto procurou de todas as formas e feitios colocar-se novamente na posição de vencedor. Tanta labuta e determinação foram recompensadas, ao minuto 84, com o génio de Ricardo Quaresma. Quem mais?! Beneficiando de um livre descaído para o lado esquerdo do ataque portista, o 7 foi autor de mais um disparo absolutamente fantástico! Contando, desta vez, com a conivência dos postes. O Porto venceu porque foi melhor do que o Braga, trabalhou mais para ter os três pontos e claro retirou todos os dividendos de ter uma super-estrela como Ricardo Quaresma.

Desta vez, Quaresma não teve os postes como inimigos. Os ferros aliaram-se ao extremo portista e auxiliaram na vitória do Porto, desfazendo o empate. Começar a Liga com uma vitória em Braga tem o seu quê de importante para o futuro. No entanto, esta foi a primeira batalha de uma longa guerra. Nesta primeira ronda do esgrimir dos argumentos bélicos, o Porto deu mostras de estar bem apetrechado para lutar “contra tudo e contra todos”, como aliás já o tinha demonstrado na Supertaça. Apenas faltara calibrar a mira. Veremos como estará a pontaria no Domingo em novo clássico Porto-Sporting.

sábado, 18 de agosto de 2007

1ª Jornada da Liga: Braga 1-2 FC Porto

Estádio Municipal de Braga

27 000 Espectadores

Braga: Dani; João Pereira, Paulo Jorge (Castanheira, 86'), Rodriguez e César Peixoto; Frechaut; Hussaine (Zé Manel, 64'), João Pinto e Vandinho; João Tomás (Jaílson, 76') e Wender.

Treinador: Jorge Costa

FC Porto: Helton; Bosingwa, Bruno Alves, Pedro Emanuel e Cech; Lucho González (Leandro Lima, 67'), Paulo Assunção e Raul Meireles; Tarik (Mariano Gonzalez, 61'), Adriano (Postiga, 36') e Quaresma.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Marcadores: 0-1, Quaresma (34'); 1-1, João Pinto (49'); 1-2, Quaresma (84')

Disciplina: Amarelo a Tarik (15m), Vandinho (30m), Frechaut (44m), João Pinto (53m), João Pereira (83m) e Hélder Postiga (88m).

Melhor em campo: Quaresma

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Coração de Dragão: Jorge Costa

Jorge Costa esvaziou o seu cacifo do balneário há pouco tempo, mas emergem já saudades de o ver trajado a rigor. Melhor, engalanado com as insígnias do Futebol Clube do Porto. O tempo passa mas não coloca na penumbra quem brilhou e encheu o nosso museu de troféus. Jorge Costa está na galeria dos melhores atletas de sempre que envergaram as nossas vestes. Desafortunadamente, o Bicho não teve a despedida dos relvados com que certamente sonhou. Não foi ao ritmo da pronúncia do norte que fez o último desarme, nem era azul e branca a camisola que pela última vez despiu. Não teve a oportunidade de pessoalmente passar a braçadeira de Capitão e a mítica camisola nº 2. Não teve os abraços daqueles que lutaram com ele em todos os relvados do país e da Europa. Não acolheu de braços abertos à multidão todo o volume possível e imaginário de gratidão sonora e simbólica que seria debitada e materializada no palco do Dragão. Tantas memórias boas, tantas imagens de sucesso em que Jorge Costa aparece como protagonista, tanta raça e mística, tanto amor pelo emblema, tantos toques de lábios e impressões digitais que não sairão nunca das taças conquistadas, tanta coisa ainda por dizer mas o que se impunha não aconteceu. Foi pena. Jorge Costa não terminou uma etapa da sua vida no clube do seu coração, mas todos temos a consciência de que o grande Capitão não esquecerá nunca o Porto e todos os fiéis que apaixonadamente o idolatram.

O emblema do Porto ocupou o lugar do coração de Jorge Costa durante 13 épocas, numa carreira que teve 16 anos como profissional. Oriundo dos juvenis do FC Foz, Jorge Costa esteve no Marítimo e no Penafiel nos primeiros anos como sénior. Fixou-se no plantel portista na época 92/93, onde viria a formar duplas magníficas no centro da defesa do FC Porto. Fernando Couto, Aloísio e Ricardo Carvalho foram as pérolas que fizeram companhia ao grande Capitão. Em 97/98, João Pinto despedia-se do futebol e Jorge Costa herdava dele a histórica camisola nº 2 e a capitania da equipa. A capacidade de liderança, a coragem, o respeito, o carisma, a lealdade, a garra e a ambição foram qualidades que o elevaram à condição de símbolo do Porto. Referência para os adeptos e figura modelar para todos os jogadores que chegavam às Antas. Jorge Costa não era um futebolista convencional. Nunca se deixou seduzir pelas libras, liras, francos ou pesetas. Mostrou sempre uma grande fidelidade ao clube, não pactuando com a mercantilização que caracteriza o futebol contemporâneo. Quando recusou uma proposta milionária do Mónaco, Jorge Costa dava o passo decisivo para se tornar num dos maiores exemplos do futebolista que joga por amor à camisola. Se nesse período o defesa-central já gozava de enorme prestígio no reino do dragão, com o juramento de fidelidade ao Porto a sua cotação junto da torcida tocou o céu.

Jorge Costa desejava cumprir toda a sua actividade profissional no Porto. Só assim se entendiam as recusas em jogar noutras ligas europeias. No entanto, e porque ninguém sabe ao certo os caminhos onde a vida nos pode levar, Jorge Costa emigrou. Mesmo que essa não fosse a sua vontade. Primeiro, Octávio Machado obrigou-o a uma estadia em Londres no Charlton, emprestado pelo Porto durante um ano. Felizmente, regressou à Invicta bem a tempo de se tornar num dos heróis de Sevilha, de Gelsenkirchen ou de Tóquio. Todavia, nada dura para sempre e se se pensava que o Capitão preparava já a despedida com a camisola do Porto, Co Adriaanse elegera Jorge Costa como última opção para a defesa portista. Esta seria a segunda e definitiva despedida de Jorge Costa do Porto. Partiu para o Standard de Liège procurando retirar o derradeiro prazer de uma carreira fabulosa. A 5 de Outubro de 2006, Jorge Costa disse o adeus irreversível. Jorge Costa não foi azul e branco até ao fim mas a determinação, a glória, a capacidade de sofrimento (fez 5 operações aos joelhos), o exílio forçado, o amor pelo Porto e os títulos arrecadados transformaram o atleta e o homem numa eterna relíquia do clube.

Palmarés:

*Campeão de Portugal: 92/93, 94/95, 95/96, 96/97, 97/98, 98/99, 02/03 e 03/04
*Taça de Portugal: 93/94, 97/98, 99/00, 00/01 e 02/03
*Supertaça Cândido de Oliveira: 93/94, 94/95, 98/99, 99/00, 01/02, 03/04 e 04/05
*Taça UEFA: 02/03
*Liga dos Campeões: 03/04
*Taça Intercontinental: 04/05
*Campeão Mundial sub-20: 1991

domingo, 12 de agosto de 2007

Sorte 1 - Porto 0

A tradição manteve-se. O Sporting venceu a Supertaça contra o FC Porto. Em três embates entre os dois emblemas, os leões coleccionaram por três vezes o apetecido troféu. Recorde-se que nos jogos anteriores entre Porto e Sporting, a contar para a Supertaça, a prova ainda se disputava em duas mãos. Nessas duas ocasiões foi necessário recorrer às finalíssimas. Uma em 1994/95 na cidade de Paris e outra em 1999/00 na urbe de Coimbra. Desta feita, o jogo decidiu-se em 90 minutos e novamente a favor do Sporting.

A partida foi de parte a parte fraca. Foi o típico jogo de início de temporada. Lento, sem ideias, sem existir capacidade para romper em velocidade, sem haver um pressing forte de nenhuma das equipas. Não surpreende que as melhores oportunidades tenham surgido de bola parada. Também não houve supremacia de nenhuma equipa sobre a outra, sendo essa a nota dominante do jogo. Este foi muito equilibrado nos vários domínios, excepto na contagem das bolas ao ferro. Aí o Porto ganhou claramente por três a zero.

Jesualdo Ferreira não escalonou nenhum reforço para o onze do Porto, ao contrário de Paulo Bento. Kazmierczak era dado como provável titular em toda a imprensa, mas a escolha acabou por recair em Marek Cech. A verdade é que talvez o polaco se enquadrasse melhor no tipo de futebol que evoluiu no "Dr. Magalhães Pessoa". De qualquer modo o meio-campo do Porto não esteve em grande plano de evidência e sentiu-se a falta do cerebral Lucho González. Faltou criatividade e um transporte de bola mais eficiente entre o meio-campo e o ataque.

Cedo o jogo mostrou que a sorte não queria nada com o Porto. Cedo demais, até. O cartão amarelo com que foi admoestado Assunção logo ao minuto e meio de jogo não era o sinal de boa fortuna que se esperava. Aos 18 minutos de jogo, Quaresma na cobrança de um livre envia a bola ao poste da baliza do Sporting. Aos 25’, Adriano seguia a toda a velocidade para a baliza de Stojkovic quando o juiz decide interromper o jogo para prestar assistência a Derlei. Já na 2ª parte, Tonel jogou a bola com o braço e os juízes mantiveram-se impávidos e serenos.

O momento da partida estava reservado para o minuto 76. O russo Izmailov disparou fora da área e Helton não teve chances de segurar o esférico, isto no momento em que Kazmierczak tinha acabado de entrar no jogo. Com pouco tempo para responder o melhor que o Porto fez foi enviar nova bola ao poste. Desta vez por intermédio de Kazmierczak. O jogo acabaria poucos minutos depois.

Quem comete a proeza de fazer três remates ao poste, quem assiste impotente a um equívoco na área do Sporting, quem sofre com decisões menos felizes do trio de arbitragem, quem constata que o adversário não foi superior, só pode no final da partida lamentar a falta de sorte. O Sporting teve-a e, por isso, venceu pela terceira vez no confronto com o Porto a Supertaça Cândido de Oliveira, troféu que o Porto ergueu por 15 vezes. Na 2ª Jornada da Liga há mais Porto-Sporting no Estádio do Dragão..

Supertaça Cândido de Oliveira: FC Porto 0-1 Sporting

Estádio Dr. Magalhães Pessoa, Leiria

21 863 espectadores

FC Porto: Helton; Bosingwa, P. Emanuel, Bruno Alves e Fucile; Assunção (Leandro Lima, 84'), Raul Meireles (Mariano Gonzalez, 78') e Cech (Kazmierczak, 74'); Lisandro, Adriano e Quaresma.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Sporting: Stojkovic; Abel, Tonel, Polga e Pedro Silva (Ronny, 11'); Veloso, João Moutinho, Izmailov e Romagnoli (Gladstone, 87'); Liedson e Derlei (Djaló, 87').

Treinador: Paulo Bento

Marcadores: 0-1, Izmailov (76')

Disciplina: Amarelos a Assunção (2'), Pedro Emanuel (10'), Polga (59'), Mariano Gonzalez (86'), Derlei (87') e Liedson (90'+3').

Melhor em campo: Polga

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Pré-Temporada: Melhores Momentos, Pt. IV


Com a vitória por 3-0 frente aos chineses do Xangai Shenhua, o Porto alcançou a vitória no Torneio de Roterdão. Refira-se que o FCP tinha empatado a zero com o Feyernoord e teve o mérito de não sofrer qualquer golo nestes dois jogos. Leandro Lima a.k.a. Leandrinho fez dois golos, o último dos quais elaborado numa vistosa jogada.

Pré-Temporada: Melhores Momentos, Pt. III


O jogo de apresentação do Boavista teve vários destaques da parte do FC Porto. Mariano Gonzalez teve uma estreia auspiciosa, Postiga marcou de cabeça, Leandro Lima também prometeu muita magia no seu primeiro jogo com a camisola do Porto. No entanto, este jogo foi de Tarik. Dado várias vezes como dispensado, o marroquino marcou dois golos no Bessa e exibiu argumentos para ficar no plantel de Jesualdo Ferreira. O Porto venceu esta partida por 3-0 e este último golo de Tarik é um exemplo perfeito da arte do contra-ataque em futebol.

Pré-Temporada: Melhores Momentos, Pt. II

No FC Porto-Estrela Vermelha a contar para o Torneio da Atalanta, Quaresma executou uma boa jogada e Adriano completou o lance com um espectacular pontapé de bicicleta. O Porto venceria por 1-0, num jogo que teve apenas 45 minutos.

Pré-Temporada: Melhores Momentos, Pt. I

O FC Porto encerrou ontem a sua pré-temporada com uma vitória no Torneio de Roterdão. No próximo Sábado, a nova época arranca oficialmente com a disputa da Supertaça Cândido de Oliveira num jogo que irá opôr FC Porto e Sporting, na cidade de Leiria. Neste período de preparação, o Porto procurou ganhar o natural ritmo competitivo após as férias, mas também integrar os novos elementos, para além de continuar a preservar e a estimular o gosto pelas vitórias. A conquista do Torneio do Centenário da Atalanta, a vitória no Bessa na apresentação do Boavista aos sócios e o recente triunfo no Torneio de Roterdão são exemplos claros dessa vontade de vencer sempre. Espera-se que sejam um bom augúrio para o início oficial das competições profissionais de futebol.

sábado, 4 de agosto de 2007

Quando a caneta verte o sangue das veias (5)

Sobre a minha cidade

sobre a minha cidade, falei-te ontem, mostrei-te
as esquinas do tempo, a imagem de fachadas
que ainda conheci, de outras que
eu próprio ignorava; sobre

a minha cidade e suas pedras, seus espaços
de árvores graves; e o que foi arrasado,
ou está a desfazer-se; as manchas do presente, a
poluição dos homens; e o que foi

violentamente arrancado por negócios sucessivos,
erros, brutalidades: o que era e o que foi
o que é dentro de mim o seu obscuro,
imaginário ser: costumes e conflitos,

maneiras de falar, a gente
e a confusão das ruas, as casas do barredo;
sobre a minha cidade achei que tu
tiveste gratidão, a viste.

que percorreste as pontes que a minha
cidade a ti me trazem, entre
gaivotas alastrando e músicas diferentes,
e foste nascer nela.

Vasco Graça Moura