quinta-feira, 3 de junho de 2010

Bem encaminhados para o FCPorto

Gustavo Colman




Walter

É oficial!

André Villas Boas é o novo treinador do FCPorto para as próximas duas temporadas. O antigo treinador da Académica sucede assim a Jesualdo Ferreira e torna-se no mais jovem treinador da equipa principal do FCPorto.

Depois de muito se especular e de se falar sobre o futuro técnico do clube portista finalmente sabe-se oficialmente que será um homem da casa, portuense e portista, que tentará levar o clube novamente à conquista do título de campeão nacional e a tentar novamente conquistar uma prova europeia.

Mais uma vez uma especial referência aos jornais da capital que durante dias a fio deram Villas Boas como certo no Sporting, elogiando-o e apontando um grande futuro ao homem que foi adjunto de Mourinho durante alguma épocas. Agora certamente que veremos uma comunicação social na sua generalidade a criticar a escolha do FCPorto a descobrir defeitos no novo treinador azul e branco.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O Calhau do Gato

Os agradecimentos do Miguelzinho Góis

Miguel Góis (a sombra número 3 do Ricardo Araújo Pereira) escreve aqui e aqui uma série de agradecimentos aos rivais (que afinal é sempre singular) do seu Benfica por terem propiciado o título encarnado. Desde logo e sempre, o ataque ao FCPorto (quem mais?). Começa por desenterrar algumas declarações no início da época por parte de Antero Henrique, que se manifestava surpreendido com a confiança demonstrada por adeptos e dirigentes benfiquistas na conquista do título. Antero, claro, desconhecia o processo que já se encontrava em marcha: o de que a Liga Sagres tinha de ter um vencedor patrocinado pela Sagres. Custasse o que custasse! Assim foi, sem decoro algum.

Depois disto, Góis direcciona-se para Jesualdo Ferreira. Custa tanto ainda recordar e engolir que ele na Luz foi escorraçado como técnico principal e no Dragão tenha sido três vezes campeão? Parece que sim! Às tantas ainda sentem o mesmo com Fernando Santos. Para quando um agradecimento ao engenheiro do Penta? Sobre Jesualdo, Miguel recorda uma afirmação do ex-técnico portista que ambicionava ganhar um campeonato sem derrotas. Um objectivo que naturalmente não foi possível. Porém, Miguel acha-o utópico. Não, Miguel, não é utópico. Aliás, para quem teve o campeonato 2009/2010 encomendado, prometido, como for mais assertivo descrever, o Benfica é que tinha a obrigação de ganhá-lo sem derrotas! E veja-se que andaram a fazer continhas até à última jornada. Afinal, têm o Jesus mas ele não é tão milagreiro assim. Perderem no Dragão a jogar contra dez? Isso merecia uns belos açoites no Inferno (da Luz?). Se calhar o Deus Ricardo Costa só percebe de castigos e quanto a números, obrigou a umas quantas perdas de pontos para descarga de consciência e para alívio da santa mãe, cujas orelhas vão ser, por certo, transplantadas!

Mas tão engraçado é Miguel Góis e revela um grande gosto por números que decidiu fazer um top ten. Do melhor do Benfica? Do melhor do Benfica na Liga Europa? Um top ten dos melhores favores feitos ao SLB na Liga? Um top ten das entradas mais violentas no campeonato? Um top ten das cervejas favoritas do Vilarinho? Um top ten dos torneios patrocinados por cervejeiras que o Benfica pode ambicionar ganhar? Um top ten das atitudes mais ridículas de Hermínio Loureiro como presidente da Liga? Não. Miguel Góis fez um top ten das decisões de Pinto da Costa (será também pai de Miguel Góis? É que é só amor...) na época 2009/10.

Ora bem, número 10. Escreve ele que Pinto da Costa elege Bruno Alves como símbolo do Porto e que este passados dias dá um tabefe em Tomás Costa. É verdade, Bruno Alves é um símbolo do Porto. O Miguel ainda não esqueceu nem perdoa as suadelas que Bruno Alves já causou em alguns jogadores vermelhos. Quanto à agressão em Tomás Costa ela foi desmentida. Mas se tivesse acontecido não seria caso virgem nem grave! Grave, grave, seria se num jogo oficial do campeonato capitão e um outro jogador da mesma equipa trocassem insultos e chegassem a vias de facto. Mas acho que isso nunca aconteceu. Eu é que devo ver filmes a mais em Setúbal.

Número 9. O Porto rejeitou Saviola. Claro, o Porto rejeitou Saviola, como rejeitou Aimar, Carlos Martins, David Luiz... Eu até acho que todo o plantel do Benfica mais os roupeiros foram todos oferecidos e depois rejeitados pelo Porto. Já agora, Saviola? Aquele que marcou aquele golo, como dizer, ilegal?, que derrotou o Porto na Luz?

Oito. Reflecte o Miguel que Pinto da Costa disse que não havia petróleo no Porto mas que comprou Rúben Micael e tentou comprar Kléber. De facto, não há petróleo no Porto! Na Luz, sim, pois como toda a gente sabe há muito dinheiro angolano investido no clube. Como é que um clube que desde Koeman não vai à Liga dos Campeões consegue ter dinheiro para comprar tantos jogadores caros (transferências e salários) e mesmo assim não precisa de vender nenhum? É o ouro negro, que vem para a Luz e que tanta falta há-de fazer a milhões, lá na sua origem...

Sete. O circo. Tantas vezes a Luz apelidada de circo, tantas vezes as mãos nos tímpanos dos benfiquistas para não ouvir o impropério, tantas vezes que surgiu o desejo de um dia chamar circo ao Dragão. Mas não é um circo garantidamente, com ou sem o gladiador Kléber. O Porto é um exemplo de organização desportiva a nível mundial. Circo como o da Luz, nunca aqui hás-de ver, Miguel. Nem que chames o Platini! Lembras-te?

Seis. Pinto da Costa havia dito que Tomás Costa seria o reforço de Inverno após ter recuperado da sua lesão. Pois bem, estava à disponibilidade do técnico para ser usado. Mas na maior parte das vezes a opção não recaiu no argentino, que diga-se nunca convenceu. Porém, independentemente do que possa ou não ter mostrado de azul e branco ao peito, aqui no Porto treinador e presidente sabem muito bem que cargos ocupam e quais são as suas funções, fora as opiniões e opções que possam ter ou fazer. O Miguel que olhe para o seu clube e que veja um exemplo claro de desnorte: treinador diz que Quim não renova e sai; Vieira desconjunta Jesus e diz que Quim tem de renovar! Completamente em sintonia, não? E Rui Costa, devidamente amansado, que faz agora no Benfica quando já não há túneis para onde ir?

Cinco. O jogo do Bruno Alves, símbolo do Porto, fica. Bruno Alves, afinal, sai. Independentemente de sair ou não, Alves marcou um tempo no Porto. É normal que Pinto da Costa mostre contentamento em poder contar com ele. Não pode é moldar a sua vontade, quando Bruno Alves e o pai dizem que quer sair do Porto. Não sei qual é a “decisão” de Pinto da Costa referente a este ponto. Mas, descansa, não mudará nem o título do seu livro, nem alterará uma linha sequer ao seu currículo de presidente mais titulado do mundo. Descansa! Tranquilo.

Quatro. A falta de vergonha encarnada não conhece limites. O gozo até por duas figuras históricas do futebol em Portugal como Pedroto e Bobby Robson, já falecidos, é a prova do chavascal e do ódio visceral que nutrem pelo Porto. Pinto da Costa prometeu fruto da sua emoção o título a Pedroto, mas infelizmente não foi possível de ser alcançado. No entanto, essa promessa funcionou como toque a reunir, como modo de unir as tropas. E que bem juntas têm de estar contra os inimigos, que são muito mais de seis milhões! Podiam era ter a vergonha de não gozarem com figuras que já não estão entre nós. Mas dali tudo se espera. Certamente que ainda estão com a pulga atrás da orelha quando o agora estimado e admirável novo amigo deles, Mourinho, disse que tinha a certeza que ia ser campeão no ano seguinte a ter chegado às Antas. Quanto à Champions em memória a Robson, quem sabe se ela um dia não surge. Mas mesmo lindo era o Porto dedicar a vitória do campeonato 2010/2011 ao desprezado Mantorras. Deixem jogar o Mantorras... Já deve estar bem arrependido de há anos não ter processado o departamento médico do Benfica que lhe deu cabo da vida!

Três. É duro para os benfiquistas encarar a realidade. Ao Porto não basta ganhar. É preciso que jogue bem! Mesmo campeão, Jesualdo nunca reuniu consenso por não ter um futebol atractivo. E no Porto quem perde títulos sabe que a responsabilidade lhe vai ser cobrada. Além disso, Jesualdo esteve quatro anos no Porto, quando a média é de um treinador a cada dois anos para Pinto da Costa. Assim, mesmo com túneis, não há volta a dar, não adianta menorizá-los com piadinhas, eles foram mesmo decisivos, Jesualdo vai embora porque o ciclo dele termina. Além disso, é bom acrescentar que quem merecia ser campeão este ano era o Braga, Miguel! Não o Porto, o Braga. Só não o foi porque teve muito contra quem lutar. É só comparar o jogo do Benfica em Guimarães e o jogo do Braga em Guimarães...

Dois. O fetish Renteria. Todos os benfiquistas quando mencionassem o nome de Renteria deviam ir logo a seguir comprar uma mala Louis Vitton. Já compraste a tua, Miguel? É igual à do preparador-físico do Benfica?

Um. O insulto mor. A quem? Pinto da Costa, claro. Por não ter contratado Jorge Jesus no final da época passada, escreve o clérigo Miguel que Pinto da Costa é agora “o Pastor Jorge Nuno”. O que vale ao Miguel é que no Gato Fedorento o pastor é o Ricardo Araújo Pereira. O Góis, o Quintela e o outro que não sei o nome é que são as belas das cabras. O Papa está bem vivo no futebol português, aguenta, há hóstias para todos!

Retirado do blog http://www.atireiocalhauaocalhaudogato.blogspot.com/

Para quem não conhece aqui fica um dos vários textos de um récem-criado blog que "atira vários calhaus" aos ranhosos e mal cheirosos dos gatos. Um blog a visitar e a apoiar.