segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Inglório

O Porto fechou o ano certamente de uma forma que não desejava. O Marítimo veio ao Dragão claramente em busca do pontinho e foi isso mesmo que conseguiu alcançar. O Porto revelou-se perdulário e defensivamente não esteve tão bem como de costume. A ansiedade afectou um pouco a equipa e Marcos cotou-se como o melhor homem em campo, sendo decisivo para o nulo que se registou. Existiram oportunidades de golo mas de facto parecia sina que o Porto não lograria fazer qualquer golo no jogo. A liderança do campeonato estava à distância de uma vitória. Infelizmente, ela não se materializou e quebrou-se também um bom ciclo consecutivo de vitórias.

12ª Jornada: FC Porto 0-0 Marítimo

Estádio do Dragão, Porto

37 809 espectadores










FC Porto: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Pedro Emanuel «cap.» (Mariano, 67’); Fernando, Raul Meireles (Farías, 85’) e Lucho; Lisandro, Hulk e Rodríguez.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Marítimo: Marcos; Briguel, João Guilherme, Fernando Cardozo e Van der Linden; Olberdam, Bruno «cap.», Marcinho (Vítor Júnior, 77’) e Miguelito; Bruno Fogaça (Djalma, 46’) e Baba (Manu, 86’).

Treinador: Lori Sandri

Disciplina: cartão amarelo a Olberdam (14 min), Van der Linden (44 min), Hulk (54 min), Fucile (67 min), Baba (75 min), Rodríguez (78 min), Vítor Júnior (80 min), Marcos (90 min) e Bruno (90 min). Cartão vermelho a Miguelito (90 min).
Melhor em campo: Marcos

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Hulk, o Incrível

Em jogo de atraso para a Liga portuguesa, o Porto deslocou-se ao sempre complicado terreno do Estrela da Amadora e venceu. Num bom jogo de futebol, não obstante o relvado escorregadio e em mau estado, as equipas fizeram de tudo para marcar golos e para proporcionar um bom espectáculo. O Porto esteve sempre em vantagem no marcador mas a réplica estrelista fez-se sentir por duas ocasiões. Porém, o Porto foi sempre mais forte e podia ter feito mais golos. Os grandes destaques da partida vão mesmo para os golos e seus protagonistas. Lisandro sempre incansável obteve um belo golo. Num lance puramente fortuito e com o seu quê de engraçado, Fucile tenta um alívio que embate em Moreno e surpreende Helton com um chapéu. Rodriguez bisou, primeiro desfazendo o 1-1 e depois conseguindo de livre fazer o último golo do desafio. Vidigal antes disso completamente à vontade fez o 2-2. O 2-3 é uma obra-de-arte de Hulk. Um golo genial de um jogador que começa a tornar-se um caso muito sério no FC Porto e no futebol português. Destaque ainda para o grande jogo de Fernando, mais uma vez irreprensível nas intercepções de bola. Em suma, belo jogo, com bastantes golos e de belo efeito. Palavras finais para os grandes e briosos profissionais do Estrela da Amadora que mesmo com o flagelo dos salários em atrasos entraram em campo e bateram-se muito bem contra o Tricampeão Nacional. Honraram o seu clube e as suas gentes e não mereciam passar por toda esta situação triste que envergonha o futebol português.

9ª Jornada da Liga: Estrela 2-4 FC Porto

Estádio José Gomes, Amadora











Estrela: Nélson; Hugo Gomes, Mustafá (Ndiaye, 20’), Carreira «cap.» e Moreno; Celestino (Pedro Pereira, 65’), Marcelo Goianiria, Fernando Alexandre e Vidigal; Silvestre Varela e Anselmo (Rui Varela, 73’).

Treinador: Lázaro Oliveira

FC Porto: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Pedro Emanuel «cap.» (Tomás Costa, 90’); Fernando, Raul Meireles (Guarin, 85’) e Lucho González; Lisandro Lopez, Hulk (Mariano, 88’) e Rodríguez.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Marcadores: 0-1, Lisandro (10m); 1-1, Moreno (27m); 1-2, Rodriguez (45m); 2-2, Vidigal (62m); 2-3, Hulk (64m); 2-4, Rodriguez (85m)

Disciplina: Cartão amarelo a Carreira (45 e 83m) e Vidigal (53m); cartão vermelho a Carreira por acumulação.

Melhor em campo: Hulk

domingo, 14 de dezembro de 2008

Cumprir

Na deslocação a Cinfães, o Porto cumpriu com a sua obrigação e eliminou o adversário da Taça de Portugal. Na denominada festa da Taça, o estádio encheu e as equipas proporcionaram um bom jogo de futebol, pese o mau tempo que se fez sentir. Na primeira parte o Porto foi pouco pressionante e o Cinfães foi aguentado e sonhando. A entrada de Candeias deu ao Porto um maior dinamismo e mais raça. Farías colocou o Porto em vantagem mas o Cinfães ainda empatou a partida para gáudio das gentes de Cinfães. O Porto puxou dos galões e logo de seguida colocou-se na posição de vencedor, dilatando depois o resultado. Ainda assim, o Cinfães saiu da Taça com honra. Depois de ter eliminado o Sporting e com o SL Benfica afastado pelo Leixões, o Porto é o único dos três grandes que segue na Taça de Portugal, cotando-se agora como o principal favorito para vencê-la.

Taça de Portugal: Cinfães 1-4 FC Porto

Estádio Municipal Prof. Cerveira Pinto, Cinfães
7500 espectadores
Cinfães: Miguel Matos; Nakata, Jonas, Kipulo e Luís; Pinto, Rogério e Rui Gonçalves; Mauro (Zé Pedro, 85’), Sérgio Silva (Sidon, 88’) e Miki.

Treinador: Vítor Moreira

FC Porto: Nuno; Tengarrinha (Candeias, 35’), Stepanov, Rolando e Lino; Tomás Costa, Pelé e Guarin; Sektioui (Hulk, 71’), Farías (Rabiola, 87’) e Mariano.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Marcadores: 0-1, Farías (52m); 1-1, Sérgio Silva (76m); 1-2, Guarin (78m); 1-3, Candeias (82m); 1-4, Guarin (86m)

Disciplina: nada a assinalar

Melhor em campo: Guarin

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Good Old Porto

O Porto venceu o Arsenal e venceu o grupo G da UEFA Champions League pelo segundo ano consecutivo. Depois da derrota em Londres e do desaire caseiro frente ao Dinamo, poucos acreditariam na qualificação na Champions e muitos menos acreditavam no primeiro lugar. O que é certo é que os atletas responderam brilhantemente a esse período menos bom e merecem agora a nossa parabenização. No jogo de ontem, o Porto poderia ter construído um resultado histórico. No entanto, apesar dos golos terem sido escassos a exibição, particularmente na segunda parte, foi muito boa. O Porto, de certa forma, conseguiu apagar a má imagem que deixou em Londres. Nota de destaque para a qualidade de passe da equipa do Porto, a que não está alheia a subida de rendimento de Fernando. Rodriguez esteve igualmente endiabrado e merecia um golo pelo esforço empreendido em campo. Bruno Alves e Lisandro fizeram dois belos golos. Agora na próxima fase, dado o potencial de todos os adversários, não seria mau que calhasse ao Porto um adversário espanhol. Villarreal e Atlético de Madrid apesar de serem boas equipas estariam perfeitamente ao alcance dos portistas.

UEFA Champions League Grupo G: FC Porto 2-0 Arsenal

Estádio do Dragão, Porto

37 602 espectadores










FC Porto: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Pedro Emanuel «cap»; Lucho (Tomás Costa, 78’), Fernando e Raul Meireles; Lisandro, Hulk (Guarin, 87’) e Rodríguez (Mariano, 78’).

Treinador: Jesualdo Ferreira

Arsenal: Almunia «cap»; Eboué, Gallas, Djourou e Silvestre; Ramsey (Wilshere, 59’), Denilson, Song (Randall, 78’) e Diaby (Gibbs, 59’); Vela e Bendtner.

Treinador: Arsène Wenger

Marcadores: 1-0, Bruno Alves (39m); 2-0, Lisandro (54m)

Disciplina: cartão amarelo a Lucho (50m) e Eboué (51m).

Melhor em campo: Rodriguez

domingo, 7 de dezembro de 2008

Ter um bom fim

No Estádio do Bonfim, o Porto teve uma boa-aventurança e venceu o Vitória de Setúbal. Num jogo complicado, o Porto não foi capaz, na primeira-parte, de tomar as rédeas do jogo a meio-campo. Notou-se bastante a ausência de Raul Meireles até porque Tomás Costa foi uma sombra daquele jogador que impressionou há uns tempos atrás. Costa passou completamente ao lado do jogo. Lucho ainda não regressou à sua boa forma mas, tal como sublinhou Jesualdo Ferreira, é um jogador imprescindível para a equipa e a sua presença em campo mesmo que discreta é sempre uma mais-valia. Ao intervalo não havia golos mas não foi por falta de oportunidades. Lisandro teve uma perdida incrível em frente à baliza, fazendo de defesa setubalense, e o Vitória também teve uma bela chance para facturar na primeira-parte. Na etapa complementar, Jesualdo trocou Tomás por Guarin e o jogo mudou. Mais agressivo, o meio-campo do Porto começou a funcionar melhor e também com a ajuda dos golos portistas o Setúbal pouco mais incomodou o Porto. Dois golos praticamente seguidos dos Campeões Nacionais deitaram por terra as aspirações sadinas depois do bom resultado na Luz. O Porto conseguiu ainda fazer mais um golo, realizando assim um fim de jogo bom e justificando a vitória. Hulk merece o grande destaque, assumindo-se como o melhor em campo e como uma das unidades actualmente mais influentes na equipa do FC Porto.

11ª Jornada da Liga: Setúbal 0-1 FC Porto

Estádio do Bonfim, Setúbal










Setúbal: Pedro Alves; Janício, Anderson, Robson e Cissokho; Hugo (Elias, 69’), Ricardo Chaves «cap.», Leandro Lima e Mateus; Bruno Gama (Leandro Branco, 57’) e Laionel (Leandro Carrijo, 69’).

Treinador: Daúto Faquirá

FC Porto: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Lino; Fernando, Tomás Costa (Guarin, 57’) e Lucho «cap.»; Lisandro, Hulk (Tarik, 82’) e Rodríguez (Mariano, 68’).

Treinador: Jesualdo Ferreira

Marcadores: 0-1, Bruno Alves (66m); 0-2, Guarin (68m); 0-3, Lucho (80m)

Disciplina: Cartão amarelo a Laionel (30 min), Tomás Costa (35 min), Cissokho (71 min), Mateus (85 min), Fucile (87 min).

Melhor em campo: Hulk

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Serviços Mínimos

O Porto manteve a tradição caseira contra a Académica e venceu a equipa de Coimbra. Numa gélida noite na Cidade Invicta, o futebol portista arrefeceu em relação àquilo que tem vindo a produzir nos últimos jogos. Uma boa entrada da equipa no jogo não teve continuação nas restantes etapas. Assim, a vitória foi, de facto, o mais importante que os pupilos de Jesualdo Ferreira alcançaram. Destaque ainda para o primeiro golo de Rodriguez com a camisola mais linda do mundo. No regresso de Domingos Paciência ao Estádio do seu clube de sempre, a Académica não foi uma equipa muito atrevida no ataque mas ainda assim conseguiu bater Helton por uma ocasião. Meireles foi o melhor em campo conseguindo uma assistência e um golo frente aos academistas. A exibição não foi famosa mas a vitória foi azul e branca e a escalada na classificação continua a consumar-se. E só se pode parar no primeiro posto!

10ª Jornada da Liga: FC Porto 2-1 Académica

Estádio do Dragão, Porto

31 810 espectadores










FC Porto: Helton; Sapunaru (Tomás Costa, 60’), Rolando, Bruno Alves e Fucile; Lucho, Fernando e Raul Meireles; Lisandro, Hulk e Rodríguez.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Académica: Peskovic; Pedrinho, Luiz Nunes, Orlando e Pedro Costa; Pavlovic «cap» (Madej, 90’); Cris, Miguel Pedro (Lito, 69’) e Diogo Gomes; Sougou e Garcês (Éder, 64’).

Treinador: Domingos Paciência

Marcadores: 1-0, Rodriguez (24m); 1-1, Cris (36m); 2-1, Meireles (50m)

Disciplina: cartão amarelo a Diogo Gomes (23m), Hulk (78m), Pavlovic (78m), Pedro Costa (84m); cartão vermelho a Sougou (63m).

Melhor em campo: Raul Meireles

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Apurados!

O Porto ganhou no inferno de Istambul e apurou-se para os oitavos-de-final da UEFA Champions League. Os jogadores portistas alcançaram assim uma das metas mínimas a que se propunham no início da temporada. Num jogo onde foi quase sempre dominador, o Porto poderia ter ampliado a contagem. O Fener, por seu turno, foi uma equipa longe daquela que na época passada fez sensação nesta prova. Muitos passes falhados, bolas perdidas, pouca dinâmica ofensiva. O Porto foi sempre uma equipa mais organizada, mais equilibrada, onde se destacou Lisandro López pelos golos que marcou e pelo trabalho em prol do colectivo.

Champions League Grupo G: Fenerbahçe 1-2 FC Porto

Estádio Sukru Saraçoglu, Istambul










Fenerbahçe: Volkan Demirel; Gokhan Gonul (Yilmaz), Yasin Çakmak, Edu Dracena e Roberto Carlos; Josico e Emre (Kazim Kazim, 46’); Deivid, Alex «cap.» e Ugur Boral; Guiza.

Treinador: Luis Aragonés

FC Porto: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Pedro Emanuel «cap.»; Fernando, Tomás Costa (Guarin, 61’) e Raul Meireles; Lisandro Lopez, Hulk (Pelé, 79’) e Rodríguez (Mariano, 74’).

Treinador: Jesualdo Ferreira

Marcadores: 0-1, Lisandro (18m); 0-2, Lisandro (28m); 1-2, Kazim Kazim (63m)

Disciplina: Cartão amarelo a Emre (25m), Fernando (32m), Yasin Çakmak (38m), Ugur Boral (72m), Edu Dracena (86m) e Gokhan Gonul (90m).

Melhor em campo: Lisandro López

domingo, 16 de novembro de 2008

Passaram-se 5 anos...

... mas o charme e o esplendor continuam irresistíveis! Parabéns, Estádio do Dragão.

Contra o Vitória, vencer, vencer, vencer...

O Porto venceu o Guimarães, regressando assim às vitórias na Liga. O Porto foi indubitavelmente a melhor equipa em campo, podendo o Guimarães sorrir por não ter transportado mais golos na bagagem até à Cidade-Berço.

O Porto teve uma entrada de dragão. Logo nos instantes iniciais, o Porto atacava com toda a energia a bola quando esta estava na posse dos vitorianos. Esta toada fazia antever que o Porto procuraria marcar o mais cedo possível. As oportunidades foram surgindo mas não se concretizaram. Injustamente. O Guimarães defendia a todo o custo e já em plena primeira parte Nilson aproveitava para queimar tempo nas reposições da bola em jogo. O Vitória não fez absolutamente nada que incomodasse Helton na primeira parte. Limitava-se a ganhar faltas junto à área de modo a poder beneficiar desses lances de bola parada.

Ao intervalo, o nulo persistia. O Guimarães pretendia ter mais posse de bola mas essa estratégia foi sendo anulada pelo pressing portista. Houve um elemento preponderante no meio-campo do Porto: Fernando. Que bem que jogou, antecipando-se sempre aos adversários que lhe apareciam na frente e entregando sempre a bola em perfeitas condições aos companheiros e de uma forma lesta. O bom futebol portista merecia pois golos. Lisandro fez o primeiro aos 66 minutos e Farías fechou a contagem quando o cronómetro marcava 88 minutos. Felicidade total entre as hostes portistas e debandada (quase) geral dos adeptos vitorianos presentes no Estádio do Dragão.

O Porto vem melhorando o seu jogo e a esse facto não está alheia a forma mais eficaz como o Porto defende. Fucile garante uma enorme segurança e garra na defesa e Fernando tem vindo a subir de forma e parece cada vez mais integrado na equipa. No cômputo geral, foi um bom jogo do Porto, que indiscutivelmente justificou o triunfo. O Guimarães decepcionou enormemente. Este Vitória não tem nada a ver com aquele do ano passado. Será que o Alan faz assim tanta falta? Ou este ano dariam jeito João Paulo e Luís Aguiar no plantel vimaranense? Só os incautos julgavam que se fazia mal ao Porto e ficava tudo na mesma. Aprendam!

sábado, 15 de novembro de 2008

8ª Jornada da Liga: FC Porto 2-0 Guimarães

Estádio do Dragão, Porto

37 410 espectadores











FC Porto: Helton; Sapunaru (Lino, 67’), Rolando, Bruno Alves e Fucile (Pelé, 89’); Fernando, Raul Meireles e Lucho «cap.»; Sektioui (Farías, 46’), Lisandro e Rodríguez.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Guimarães: Nilson; Andrezinho, Moreno, Gregory e Momha; Flávio Meireles «cap.», João Alves (Jean Coral, 81’), Fajardo (Carlitos, 69’), Desmarets e Nuno Assis; Douglas (Roberto, 55’).

Treinador: Manuel Cajuda

Marcadores: 1-0, Lisandro (66m); 2-0, Farías (88m)

Disciplina: nada a assinalar

Melhor em campo: Fernando

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Obrigado, Porto!

O Porto eliminou o Sporting em Alvadade em jogo a contar para a Taça de Portugal. Depois de um jogo electrizante, jogado com muita emoção, o desempate foi decidido nas grandes penalidades. A sorte que há uns tempos parecia andar arredada protegeu agora o Porto.

Depois da briosa vitória em Kiev e de todo o desgaste que a longa viagem provocou, o Porto não conseguiu realizar uma boa primeira parte no jogo de ontem. O Sporting era uma equipa mais determinada sobre a bola, conseguia o controlo do jogo e criava perigo sempre que chegava à baliza de Helton. Numa jogada confusa, Liedson aproveitou os erros defensivos do Porto para fazer o primeiro golo do jogo.

Na segunda parte, o Porto conseguiu equilibrar a contenda e ser melhor em alguns períodos do jogo. Numa jogada individual fantástica, Hulk deliciou os portistas ao concretizar o golo que originou o empate. Até aos 90 minutos ambas as equipas procuraram o golo mas teve de se recorrer ao prolongamento. Com mais meia-hora também nada se decidiu. Nos penalties, Helton foi o herói e ofereceu ao FC Porto a passagem à ronda seguinte da Taça de Portugal.

O Sporting caiu perante o FC Porto, depois de ter vencido as duas últimas edições da Taça de Portugal. Na última final havia mesmo batido o Porto. Agora os dragões conseguiram vingar, de certa forma, essa derrota e colocar fora da competição um concorrente directo na corrida pela vitória deste troféu. Deste modo, o Porto alcançou os seus objectivos de seguir em frente, mantendo intactas as ambições de vencer a Taça de Portugal. O Porto não foi tecnicamente brilhante, mas revelou alma, coragem e trabalhou arduamente para dar uma grande alegria aos seus adeptos. Após um período conturbado, particularmente no campeonato, as vitórias em Kiev e em Alvalade espera-se que signifiquem o regresso à normalidade no FC Porto.

Taça de Portugal: Sporting 1-1 FC Porto (4-5, após g.p.)

Estádio José Alvalade XXI, Lisboa


Sporting: Rui Patrício; Abel, Caneira, Polga e Miguel Veloso; Rochemback; João Moutinho, Romagnolli (Pedro Silva, 65’) e Izmailov (Tiuí, 119’); Postiga (Djaló, 82’) e Liedson.

Treinador: Paulo Bento

FC Porto: Helton; Fucile (Lino, 100’), Rolando, Bruno Alves e Pedro Emanuel «cap»; Lucho, Fernando e Raul Meireles (Rodriguez, 55’); Lisandro, Hulk e Mariano (Tomás Costa, 46’).

Treinador: Jesualdo Ferreira

Marcadores: 1-0, Liedson (28m); 1-1, Hulk (58m)

Disciplina: cartão amarelo Bruno Alves (36m), Pedro Emanuel (41m e 82m), Lucho (47m), Caneira (54m e 67m), Polga (64m), Hulk (67m e 117m), Liedson (72m), Pedro Silva (75m), Miguel Veloso (102m), Abel (113m), Helton (120m); cartão vermelho a Caneira (67m), Pedro Emanuel (82m), Hulk (117m).

Melhor em campo: Helton

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Balão de Oxigénio

Depois de três derrotas consecutivas, o Porto esmerou-se e alcançou na Ucrânia, frente ao Dinamo de Kiev, uma importante vitória que lhe permite continuar a sonhar com a Champions mas sobretudo deitar para trás uma dispensável crise de resultados.

Era uma cartada decisiva. Jesualdo Ferreira estava sob fogo cerrado e a equipa teria de catapultar-se de modo a dar a resposta que todos os adeptos exigiam: a vitória. Frente a uma valorosa equipa, o Porto conseguiu dominar o jogo, embora não tenha feito uma exibição tecnicamente portentosa. Não. O Porto jogava contra uma equipa que sofre poucos golos e que é praticamente imbatível em casa. Porém, mesmo sem os primores técnicos, os dragões tiverem pulmão e coração para desejarem mais a vitória do que os ucranianos.

O Porto assumia o jogo mas a malapata parecia querer continuar. Meireles num belo remate atirou ao poste. Contra a corrente do jogo, o Dinamo de Kiev, no primeiro remate à baliza, fez o regressado Helton ir ao fundo das redes. Todavia, o Porto soube gerir as emoções e manteve a serenidade e esforço suficientes para alcançar outro resultado que não a derrota.

Assim foi. Com muito querer, com Pelé e Hulk a dinamizarem mais o sector ofensivo, o Porto restabeleceu a igualdade. Um golo perfeitamente merecido. Na parte final, ambas as equipas partiam determinadas para fazer um golo que lhes desse o triufo. O Dinamo chegava sempre com perigo à baliza do Porto e atingiu mesmo o poste da baliza de Helton. Não há campeões sem sorte e o Porto assistia ao rodar da roda da fortuna. Foi com a estrelinha então que o Porto nos últimos minutos conseguiu uma difícil mas bela e merecida vitória. É este Porto com alma guerreira e que se bate em qualquer campo contra qualquer adversário que todos os adeptos desejam ver jogar.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Champions League Grupo G: Dinamo Kiev 1-2 FC Porto

Estádio Valeri Lobanovskiy, Kiev

Dinamo Kiev: Bogush; Betão, Diakhate, Mikhalik e Nesmachniy «cap.»; Eremenko, Vukojevic, Ghioane (Bangoura, 60’) e El Kaddouri; Aliyev e Milevskiy.

Treinador: Yuri Semin

FC Porto: Helton; Sapunaru (Pelé, 68’), Rolando, Bruno Alves e Pedro Emanuel «cap.» (Lino, 78’); Fernando, Lucho González e Raul Meireles; Sektioui (Hulk, 46’), Lisandro Lopez e Rodríguez.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Marcadores: 1-0, Milevskiy (21m); 1-1, Rolando (68m); 1-2, Lucho (90m)

Disciplina: Cartão amarelo a El Kaddouri (31m), Pedro Emanuel (57m), Hulk (58m), Rodriguez (84m) e Lucho González (87 e 90m); cartão vermelho a Lucho por acumulação.

Melhor em campo: Fernando

domingo, 2 de novembro de 2008

E agora, Porto?

O Porto perdeu pela terceira vez consecutiva. Este dado é alarmante! Quando se esperava que fosse dada uma resposta firme e determinada aos adeptos, eis que surge mais uma desilusão. A equipa entra em campo sem confiança, os jogadores parecem à deriva, não conseguem marcar golos e ainda sofrem golos infantis. A derrota contra o Leixões já evidenciava que o copo estava a transbordar e agora com mais uma derrota não parece que haja mais paciência nem tolerância com Jesualdo Ferreira. No mínimo, o treinador portista deveria sentir-se envergonhado com tudo isto e ter colocado o seu lugar à disposição. Em primeiro lugar está o clube! São muitas as razões para este descalabro. Ou o cenário se altera radicalmente nos próximos jogos, que serão difíceis, ou Jesualdo Ferreira deverá abandonar o clube, sob pena de o Porto ficar irremediavelmente afastado da conquista de troféus. É pois com expectativa que se aguarda se Jesualdo Ferreira e os jogadores conseguem deixar esta fase má. E convém esclarecer que não é por falta de apoio e de paciência dos adeptos que o clube se encontra nesta situação. Que os jogadores pensem mais nos adeptos quando entram em campo e que respeitem o seu apoio e os sacrifícios que muitos deles fazem para assistir ao vivo a um jogo do clube do seu coração.

7ª Jornada da Liga: Naval 1-0 FC Porto

Estádio José Bento Pessoa, Figueira da Foz











Naval: Peiser; Carlitos, Paulão «cap.», Diego Ângelo e Daniel (Godemeche, 59’); Lazaroni, Baradji e Alex; Davide (Michel, 77’), Bolívia e Marinho.

Treinador: Ulisses Morais

FC Porto: Nuno; Sapunaru, Rolando, Bruno Alves e Benítez (Hulk, 45’); Fernando, Raul Meireles, Tomás Costa (Pelé, 71’) e Lucho «cap.»; Rodríguez (Tarik, 59’) e Lisandro.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Marcadores: 1-0, Daniel (54m)

Disciplina: Cartão amarelo a Lazaroni (70 min) e Pelé (90 min).

Melhor em campo: Paulão

domingo, 26 de outubro de 2008

Consternação

O Porto perdeu na recepção ao Leixões SC. Os Tricampeões Nacionais baquearam novamente em casa, depois de já terem, a meio da semana, perdido com o Dinamo de Kiev para a Champions League. Quando acontecem duas derrotas consecutivas no Porto, ainda por cima no Dragão, isso é um sinal inequívoco de que algo não está bem.

Pior do que a constatação da má forma do Porto é observar que os atletas não se empenham a fundo no seu trabalho. Pode não haver técnica ou táctica brilhantes, mas teria de haver sempre paixão, entrega e garra. Muito poucos jogadores do Porto actualmente seguem esse princípio basilar que fez do Porto um dos maiores clubes do mundo. As camisolas pesam e só jogadores com estofo, com brio, com sentido de responsabilidade, deveriam poder envergá-las. Nós, como adeptos, não temos o poder de impedir determinado jogador de actuar. Existe uma equipa técnica, existem pessoas responsáveis por contratações, existe um planeamento. Ou por outra, deveria existir! Portanto, cada um dentro da estrutura do Porto deve retirar as devidas ilações e as pessoas com o poder de decisão devem assumir, o quanto antes, o que correu ou está a correr mal e tomar medidas. O nome do FC Porto está acima de qualquer interesse individual. É esse princípio que deverá sempre nos nortear e é isso que nos trouxe grande parte do nosso sucesso desportivo e social.

O Leixões na noite de ontem parecia o Porto dos bons velhos tempos. Uma equipa solidária, com garra, pressionante, com jogadores de fato-de-macaco, sem vedetas, com muita alma, com um futebol simples e eficaz. O Leixões foi um justo vencedor e ainda foi penalizado com um golo mal anulado. Assumir o domínio que o Leixões teve no jogo é arrepiante, já que há mais de trinta anos que o Leixões não vencia o Porto. Depois de perder em casa para a Champions League quando isso já não acontecia há três anos e ver a incapacidade de o Porto travar uma equipa que não nos vencia há mais de três décadas, a época não nos pode naturalmente estar a deixar boas recordações.

O Porto tem de arranjar internamente uma forma de inverter o rumo dos acontecimentos. Há uma mudança que se impõe. Mudança na atitude, na mentalidade, na forma de jogar, na gestão da equipa. Incompreensíveis as substituições da noite de ontem, só para referir um exemplo! Por detrás da neblina, parece-se compreender agora que perdemos na última época o treinador principal: Carlos Azenha! Este ano, o Porto não tem passado de uma equipa remediada, que não se sabe mover em campo e que conta apenas com a inspiração momentânea dos seus melhores intérpretes. É hora de todos falarem menos e trabalharem mais. Todos!

6ª Jornada da Liga: FC Porto 2-3 Leixões

Estádio do Dragão, Porto

37 408 espectadores










FC Porto: Nuno; Sapunaru (Mariano, 64’), Rolando, Bruno Alves e Lino (Candeias, 32’); Raul Meireles, Tomás Costa e Lucho «cap.»; Hulk, Lisandro e Rodríguez (Farías, 75’).

Treinador: Jesualdo Ferreira

Leixões: Beto; Vasco Fernandes, Joel, Elvis e Laranjeiro; Bruno China «cap.», Hugo Morais, Roberto Sousa e Braga (Sandro, 88’); Diogo Valente (Zé Manel, 62’) e Marques (Roberto, 72’).

Treinador: José Mota

Marcadores: 0-1, Bruno China (3m); 0-2, Braga (29m); 1-2, Lucho (36 g.p.); 2-2, Lisandro (61m); 2-3, Braga (79m)

Disciplina: Cartão amarelo a Joel (35m), Lisandro (37m), Sapunaru (64m), Braga (76m), Elvis (77m) e Beto (90m).

Melhor em campo: Braga

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Decepcionante

O Porto perdeu ontem com o Dinamo de Kiev no Estádio do Dragão. Esperava-se muito mais do Porto frente aos ucranianos. Para a história fica o resultado. Decepcionante!

Recebendo o Dinamo de Kiev, o Porto tinha, em teoria, francas possibilidades de assumir uma posição no Grupo G que lhe permitisse alcançar uma posição de passagem. Este era um jogo-chave já que uma eventual vitória portista traria vantagem directa frente ao opositor na luta por um lugar de passagem à próxima fase da Champions League. Porém, com a derrota, quem passa a estar em boa posição é o Dinamo de Kiev, que na próxima jornada receberá o Porto na Ucrânia. Isto depois de já ter colhido proveito em pontos e em vantagem directa. Para o nosso lado é que as contas estão mais difíceis de se fazer.

A derrota de ontem consistiu na segunda consecutiva este ano na Champions League. Após o descalabro de Londres, a recepção ao Dinamo de Kiev poderia amenizar esse efeito ruim que a pesada derrota teve em termos anímicos e em matéria de prestígio. Assim não aconteceu. O Porto lutou, mas não o suficiente para inverter as operações na noite de ontem. O Dinamo fez um golo em que Nuno não está isento de responsabilidades. O guardião do Porto ,que até tem estado em evidência sempre que é chamado, contra o Dinamo nem teve de fazer nenhuma defesa apertada mas sofreu um golo que, para além de ter ditado a derrota do Porto, poderia ter sido perfeitamente evitado.

Durante todo o jogo o Porto não foi tão pressionante sobre o adversário quanto deveria ter sido. O Dinamo de Kiev se já vinha ao Dragão com intenção de defender o melhor possível, sem essa pressão do Porto sobre a bola viu ainda a sua tarefa mais simplificada. E com a sorte de durante boa parte do jogo estar em vantagem no marcador. Exigia-se mais ao Porto. Exigiam-se melhores opções. A determinada altura viu-se que não é com muitos atacantes que se tem mais oportunidades para marcar golos. Por vezes, basta que sejam os atacantes certos nos lugares certos e nunca, por exemplo, Tarik entrar para jogar numa posição central em vez de jogar encostado a um flanco. E nunca sair Rodríguez para ficar em campo Mariano. Enfim, foram opções do técnico mas muito pouco felizes, diga-se.

O Porto raramente criou oportunidades flagrantes de golo. Deste modo, é difícil poder-se ganhar. Em abono da verdade, o Dinamo de Kiev aproveitou bem um lance de bola parada para abrir o activo e depois soube gerir eficientemente o jogo. Cabia ao Porto assumir a condução do jogo e correr atrás do prejuízo. Não conseguiu infelizmente inverter o rumo dos acontecimentos. A passagem à próxima fase está em risco. Por culpa própria. Neste jogo era fundamental que o Porto tivesse alcançado a vitória. Assim, a participação do Porto nesta edição da Champions League arrisca-se a ser decepcionante. E adensa-se a evidência: o Porto tem equipa que baste para consumo interno mas é insuficiente na alta-roda da Europa. É o que se tem visto, infelizmente.

Champions League Grupo G: FC Porto 0-1 Dinamo Kiev

Estádio do Dragão, Porto

32 209 espectadores











FC Porto: Nuno; Sapunaru, Rolando, Bruno Alves e Lino; Lucho «cap», Fernando (Hulk, 46’) e Raul Meireles; Mariano (Tomás Costa, 67’), Lisandro e Rodríguez (Tarik, 62’).

Treinador: Jesualdo Ferreira

Dinamo Kiev: Bogush; Betão, Kiakhate, Mikhalik e Nesmachniy «cap»; Vukojevic e El Kaddouri; Ghioane (Eremenko, 60’), Aliyev e Ninkovic (Asatiani, 82’); Bangoura (Milevskiy, 46’).

Treinador: Yuri Semin

Marcadores: 0-1, Aliyev (27m)

Disciplina: cartão amarelo a Nesmachniy (32m) e Rolando (65m).

Melhor em campo: Raul Meireles

sábado, 18 de outubro de 2008

Repetindo a Dose

O Porto venceu a Sertanense por quatro a zero em jogo a contar para a Taça de Portugal. Na verdade, os Tricampeões Nacionais obtiveram o mesmo resultado alcançado na época passada na competição frente precisamente a este adversário. Embora com dificuldades acrescidas em relação ao ano transacto, o Porto conseguiu materializar a sua superioridade. Outra coisa não se esperaria frente a uma equipa que milita na III Divisão. O Porto segue assim em frente na Taça de Portugal.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Contem connosco

O Porto deslocou-se a Lisboa e alcançou a vitória frente ao Sporting em Alvalade. Depois do desastre em Londres, havia muita expectativa para saber que resposta daria a equipa neste jogo em que podia chegar à liderança. O Porto dominou a partida, perdoou boas oportunidades de aumentar a contagem e a vitória é absolutamente inquestionável.

O Porto entrou decidido em mostrar que não eram meras palavras de circunstância aquelas que Lucho e Jesualdo Ferreira foram proferindo durante a semana. O escandaloso resultado na Champions League beliscou o orgulho de todos os portistas e a equipa foi entretanto passando a mensagem de que em Alvalade tudo retornaria ao habitual, ou seja, às vitórias. Felizmente assim foi. Depois de um jejum de alguns jogos sem ganhar ao Sporting, o Porto venceu bem o jogo de ontem.

Aos golos de Lisandro e Bruno Alves poderiam ter- se acrescentado outros. Tomás Costa, Bruno Alves, Rodríguez, Hulk, tiveram boas chances de dilatar o marcador e acentuar o domínio portista na partida. O Sporting apenas conseguiu chegar ao golo através de uma grande penalidade, em que Lucílio Baptista foi bastante benevolente. Com quedas daquelas como a de João Moutinho, todos os fins-de-semana haveriam dezenas de castigos máximos assinalados. Seria engraçado ver João Moutinho jogar em Inglaterra, país dos seus sonhos futebolísticos, e constatar se ele lá faria as mesmas quedas aparatosas que é comum fazer em Portugal.

Em suma, o Porto fez o que lhe competia e disputou o jogo em casa de um adversário directo na luta pelo título com o claro propósito de ganhar. Isso é que é jogar à Porto. Isso é que é a filosofia do clube: entrar em todos os estádios para ganhar. Naturalmente que o futebol portista não foi perfeito, há ainda muito para melhorar, mas vencer era imperioso. A equipa está de parabéns por ter almejado isso. Resta continuar a lutar assim até Maio de 2009.

5ª Jornada da Liga: Sporting 1-2 FC Porto

Estádio Alvalade XXI, Lisboa












Sporting: Rui Patrício; Abel (Romagnoli, 66’), Tonel, Polga e Grimi (Pereirinha, 46’); Miguel Veloso, Rochemback, João Moutinho «cap.» e Djaló; Derlei e Hélder Postiga (Liedson, 66’).

Treinador: Paulo Bento

FC Porto: Nuno; Sapunaru, Rolando, Bruno Alves e Fucile; Fernando, Lucho González «cap» (Guarin, 83’), Raul Meireles e Tomás Costa (Mariano, 58’); Lisandro Lopez e Cristian Rodriguez (Hulk, 73’).
Treinador: Jesualdo Ferreira

Marcadores: 0-1, Lisandro (18m); 1-1, João Moutinho (28m, g.p.); 1-2, Bruno Alves (31m)

Disciplina: Cartão amarelo a Lucho González (22m), Abel (32m), Pereirinha (51m), Tomás Costa (55m), Derlei (59m), Sapunaru (59m), Liedson (80m) e Lisandro Lopez (89m).

Melhor em campo: Bruno Alves

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Pesadelo

O Porto foi enxovalhado em Londres pelo Arsenal sendo vergado a uma derrota por 4 golos sem resposta. Um resultado absolutamente inqualificável para uma equipa que deve lutar em todas as frentes, em todos os campos, sempre da mesma maneira. Ou seja, para vencer.

Ontem o que se viu foi uma equipa sem carácter, frouxa, sem garra, emocionalmente de rastos. Alguns jogadores temiam assumir as responsabilidades de jogo e simplesmente escondiam-se da bola. Jogadores assim certamente não são jogadores para o Porto.

Não se percebe como um jogador super-motivado como Lino sem qualquer explicação plausível passe, de repente, de titular para o banco de suplentes. E Fucile continua a ser o melhor lateral de que o Porto dispõe... Exceptuando Helton, sem qualquer culpa nos golos sofridos e evitando males maiores, Tomás Costa e Lisandro, todos os outros jogadores não mostraram ontem competência para envergar a camisola do Porto. Triste resultado após a celebração dos 115 anos de vida do clube.

Lucho González não está na melhor forma física e isso notou-se muito no futebol portista. Completamente carente do argentino, o Porto sentiu imensas dificuldades em ter a posse de bola. Em claro sacrifício, Lucho, na segunda parte, bem que tentou assumir as rédeas da organização de jogo portista mas infelizmente a sua condição não o permitiu. Ainda assim, valeu o sacrifício e a abnegação de Lucho.

No início do jogo, o Porto teve 3 boas chances para marcar mas não o conseguiu. Porém, aí a equipa, ao invés de desanimar, deveria ter encarado aquelas oportunidades de golo como um estímulo para fazer frente ao Arsenal. Mas recuou. Mas não quis ter a bola. Mas foi subserviente. Mas não jogou mais à Porto. Depois do festival que o Arsenal deu, não ouvi ninguém a pedir desculpa aos sócios pelo resultado. Pedir desculpas ninguém pediu, arranjar desculpas já se arranjou. Não era vergonha perder 4-0 se se tivesse lutado, se se tivesse corrido, se se tivesse dado tudo. Vergonha é perder 4-0 quando não se lutou e quando até a sorte nos protegeu de termos sido vergados ainda mais ao embaraço. É preciso trabalhar, menos borgas e menos falatórios. E se há gente que assobia a equipa, desta vez, dou a mão à palmatória, e condescendo que têm toda a legitimidade para isso. Já que o pedido de desculpa aos sócios não veio sobre a forma de palavras que pelo menos se traduza numa vitória em Alvalade. Depois de ontem, é o mínimo que se lhes é exigido.

Champions League Grupo G: Arsenal 4-0 FC Porto

Emirates Stadium, Londres

59 623 espectadores











Arsenal: Almunia; Sagna, Touré, Gallas «cap.» e Clichy; Walcott (Vela), Fabregas, Denilson e Nasri (Eboué, 65’); Van Persie (Bendtner, 65’) e Adebayor.

Treinador: Arsène Wenger

FC Porto: Helton; Sapunaru, Rolando, Bruno Alves «cap.» e Benitez; Fernando (Lucho, 46’), Tomás Costa, Guarin e Raul Meireles (Hulk, 64’); Lisandro Lopez e Rodriguez (Candeias, 79’).

Treinador: Jesualdo Ferreira

Marcadores: 1-0, Van Pierse (30m); 2-0, Adebayor (40m); 3-0, Van Pierse (48m); 4-0, Adebayor (71’, g.p.)

Disciplina: Cartão amarelo a Clichy (75m) e Tomás Costa (83m)

Melhor em campo: Van Pierse

sábado, 27 de setembro de 2008

Vencer para acertar o passo

O FC Porto honrou os seus pergaminhos e venceu o Paços de Ferreira, na quarta jornada da Liga. Na noite de ontem, o Porto não exibiu o futebol bonito pelo qual todos os adeptos suspiram. Ainda assim, saliente-se a importância da vitória numa jornada em que um ou ambos os adversários directos pelo título perderão pontos.

O Porto entrou na partida disposto a rectificar a exibição de Vila do Conde. Rapidamente, o Porto tomou de assalto o controlo do jogo, na ânsia de inaugurar o marcador o mais depressa possível. De facto, o futebol portista em Vila do Conde no primeiro tempo não fora nada famoso. Ontem, os atletas já conseguiram mostrar algo mais e atingiram o que era absolutamente primordial e obrigatório: a vitória.

Notou-se que há jogadores que sofrem de algum cansaço, principalmente aqueles que são obrigados a atravessar o Atlântico para fazerem jogos pelas selecções dos seus países. No entanto, espera-se que o rendimento dos jogadores melhore substancialmente de forma a corresponderem às exigências de todas as competições em que estão envolvidos. A próxima semana será importante, uma vez que o Porto jogará em Londres, a meio da semana, e em Alvalade. Para ambos os jogos, espera-se um Porto em grande nível para que o êxito seja uma realidade.

4ª Jornada da Liga: FC Porto 2-0 Paços de Ferreira

Estádio do Dragão, Porto

31 816 espectadores










FC Porto: Helton; Sapunaru (Candeias, 56’), Rolando, Bruno Alves «cap» e Lino; Tomás Costa, Fernando e Raul Meireles; Lisandro (Hulk, 70’), Farías (Guarin, 56’) e Rodriguez.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Paços de Ferreira: Cássio; Ricardo, Ozeia, Tiago Valente e Josa; Filipe Anunciação, Pedrinha «cap» (William, 74’) e Paulo Sousa (Chico Silva, 74’); Cristiano, Leandro Tatu e Filipe Gonçalves (Rui Miguel, 56’).

Treinador: Paulo Sérgio

Marcadores: 1-0, Raul Meireles (14m); 2-0, Hulk (72m)

Disciplina: cartão amarelo a Tiago Valente (33m), Raul Meireles (49m), Josa (80m) e Ozeia (85m).

Melhor em campo: Raul Meireles