segunda-feira, 28 de maio de 2007

Saudoso Estádio das Antas...



O Estádio das Antas foi inaugurado a 28 de Maio de 1952. Se fosse vivo completaria hoje 55 anos. É ainda muito doloroso escrever no pretérito sobre um estádio que faz parte de cada portista e que tanto representou para o FC Porto. A sua demolição constituiu uma grande tristeza, mesmo que ali ao lado o Dragão reluzisse para todos nós. Hoje fisicamente nada resta do famoso tribunal azul e branco. Caiu um estádio, caiu um símbolo do FC Porto, mas espera-se que o véu místico das Antas permaneça para todo o sempre, protegendo e inspirando os senhores de azul e branco trajados.

domingo, 27 de maio de 2007

Azul, a cor da memória: Viena 1987




27 de Maio de 1987. Estádio do Prater, em Viena. FC Porto 2-1 Bayern de Munique. Perante uns alemães super favoritos, o FC Porto conseguiu erguer pela primeira vez na sua História um troféu europeu. Comandados por Artur Jorge, os portistas empreenderam uma sensacional reviravolta no marcador depois do 0-1, assinado por Kögl. Madjer de calcanhar fez o empate, num dos golos mais belos da competição. Volvidos dois minutos do golo de Madjer, Juary ofereceu a Taça dos Campeões Europeus ao FC Porto. 20 anos de distância não apagam o brilho desse maravilhoso dia.

sábado, 26 de maio de 2007

Azul, a cor da memória: Gelsenkirchen 2004





26 de Maio de 2004. FC Porto 3-0 Mónaco. Carlos Alberto, Deco e Alenitchev assinaram os golos, que tornaram o Porto Campeão Europeu pela segunda vez no seu historial. Equipa de luxo, exibição de sonho.... Fantástica noite de Gelsenkirchen!

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Azul, a cor da memória: Sevilha 2003

A 21 de Maio de 2003, o FC Porto derrotou, no Estádio Olímpico de Sevilha, o Celtic de Glasgow por 3-2, tornando-se o primeiro clube português a conquistar a Taça UEFA. Derlei com dois golos e Alenitchev garantiram a vitória para o Porto, enquanto Larsson fez os dois golos escoceses. A partida só viria a ser decidida no prolongamento. «Inesquecível, mas que ninguém nos diga irrepetível!».

domingo, 20 de maio de 2007

FC Porto Bicampeão Nacional


O Futebol Clube do Porto venceu o Desportivo das Aves e sagrou-se, esta noite, Bicampeão Nacional. Este é o 22º título de Campeão da História do Clube. Jesualdo Ferreira conseguiu assim ser Campeão Português pela primeira vez na sua já longa carreira como técnico. Parabéns a todos aqueles que contribuiram para a conquista de mais um troféu para o Futebol Clube do Porto.

30ª Jornada da Liga: FC Porto 4-1 Desp. Aves

Estádio do Dragão, Porto

50 428 espectadores

FC Porto: Helton (Vítor Baía, 87m); Bosingwa, Pepe, Bruno Alves e Fucile; Lucho González (Cech, 85m), Anderson (Jorginho, 66m) e Raul Meireles; Lisandro, Adriano e Quaresma.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Desp. Aves: Nuno; Sérgio Carvalho, William, Sérgio Nunes e Pedro Geraldo; Mércio (Octávio, 89m) e Jorge Ribeiro; Jocivalter (Dill, 58m), Moreira e Paulo Sérgio; Artur Futre.

Treinador: Prof. Neca

Marcadores: 1-0, Adriano (27m); 1-1, Moreira (34m); 2-1, Lisandro (52 m); 3-1, Jorge Ribeiro (p.b., 59m); 4-1, Lisandro (90m)

Disciplina: Amarelo a Mércio (18m), William (47m) e Bruno Alves

Melhor em campo: Pedro Emanuel (simbólico tributo ao único jogador do plantel que infelizmente não deu o seu contributo à equipa esta época 06/07)

Amor à prova de 90 minutos

O nosso amor não se esgota em 90 minutos. Nós somos muito mais do que 90 minutos de bola. A vida é significativamente mais importante do que um simples jogo de futebol. Mas é por seres a vida de muitos que tens de vencer. Amanhã é um novo dia, mas queremos que a vitória de hoje perdure na nossa cabeça durante todo o ano.

Nós difundimos incessantemente o amor que sentimos por ti.
Nós combatemos implacavelmente os inimigos que tentam agredir-te.
Nós preservamos os valores da tua fundação.
Nós somos a personificação da mística que fecundaste.
Nós somos os filhos da Invicta que também te gerou.
Nós não vacilamos nas derrotas.
Nós vivemos indiferentemente como marginais da sociedade porque te seguimos.
Nós galgamos quilómetros para que não te falte o calor da Invicta.
Nós perdemos a noção das vezes em que diariamente pensamos em ti.
Nós erguemos sem vertigem a tua bandeira aos céus.
Nós temos-te nas veias...no coração...na memória...em todo o corpo...na alma.
Nós não queremos ser mais do que aquilo que somos.
Nós somos os adeptos mais felizes do Mundo.

Dá-nos o teu brilho, mostra-nos a tua raça, espalha a mística pelo relvado, combate com bravura, exibe paixão, revela humildade e luta honradamente. Isto basta-nos para termos orgulho em ti. Se assim o fizeres, estamos certos que todas as forças do Universo irão congregar-se para te elegerem Campeão, rendendo-se à tua vontade. Para nós, és quotidianamente o Campeão, atribuímos-te esse título vitalício. Somos loucos por ti porque é a insanidade que nos torna clubisticamente sãos. A nós não precisas de provar nada, pedimos-te apenas que, mais uma vez, mostres ao Mundo como é intensa a chama do Dragão.

sábado, 19 de maio de 2007

Quando a caneta verte o sangue das veias (3)

Porto da minha infância

...Lisboa em gesso branco, o Porto em pedra escura.
Sobre os abruptos alcantis do Douro;
Esse rio que vem de longe, solitário;
Cobrir-se de asas brancas de navios
E de negros canudos de vapores.
Encostados aos cais, depõem a férrea carga.
Outros, vão demandando a barra e o farolim,
Que dá uma luz - tão triste! - em noites invernosas.
Distante, no poente, esfuma-se uma nódoa
Em verdes tons fluidos que palpitam
Numa névoa indecisa, vaga imagem
Da tristeza do mar pintada em nossos olhos.

Porto da minha infância!
A primeira impressão que me causaste
Tenho-a, cheia de espanto, na memória,
Cheia de bruma e de granito!
É uma impressão de inverno,
Sombra cinzenta, enorme, donde irrompe
Alto cipreste empedernido
No meio de sepulcros habitados. [...]

Teixeira de Pascoaes

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Campeão do sofrimento

Independentemente das contas, há um título que ninguém tira ao Porto: o do sofrimento. Não há memória de o Porto ocupar durante todo o campeonato o primeiro lugar e de ter sofrido tanto para mantê-lo. Por culpa própria ou por mérito dos adversários, o certo é que na entrada para a última jornada ainda há três candidatos ao ceptro. Na Liga, as decisões estão reservadas para a última jornada, ao passo que, na II Liga, Leixões e Vitória de Guimarães conseguiram garantir a subida ao escalão principal do futebol português.

O Porto tornou-se numa equipa de hábitos. Mais uma vez, cometeu a proeza de fazer uma primeira parte muito fraca. Nem o facto de ser o penúltimo jogo no campeonato aliado à hipótese de comemorar o título naquele mesmo jogo estimulou os jogadores para uma partida de raça, de crença nesse possível êxito. Por vezes, é difícil descodificar as reais motivações dos jogadores do Porto, mas vencer um campeonato nacional deveria ser suficientemente aliciante para haver uma maior vontade em alcançá-lo. Só na segunda parte, e já depois de vários contratempos, é que o Porto cerrou os dentes e foi à luta.

O Paços de Ferreira não fez uma grande exibição mas marcou, ocupou bem os espaços, anulou as unidades criativas do Porto e jogou descomplexadamente pois toda a pressão estava do lado dos Campões Nacionais. E o Porto bem que teve as costas derreadas. O Paços marcara, o Sporting vencia em Coimbra, o mau tempo não abonava em favor do futebol e duas bolas nos postes acentuavam a pressão que se abatia sobre os dragões.

Para terminar com toda esta barafunda bastava apenas um golo. Um simples golo que passava a ser obrigatório pois, com a derrota do Porto, o Sporting subia ao primeiro lugar do campeonato. Adriano foi o herói que marcou para o Porto. Simplesmente Adriano. Porém, a fabricação do golo nada teve de simples. Quaresma bateu um canto, Pepe desviou de cabeça, Bruno Alves tentou chegar à bola mas foi Adriano que a colocou no fundo das redes. Os corações portistas sossegavam um pouco, depois de tanto infortúnio junto.

À entrada para a última e decisiva ronda do campeonato, o Porto tem tudo a seu favor para vencer este campeonato. Tem a vantagem pontual, jogará no Dragão, terá o público do seu lado e já teve todas as lições possíveis sobre o sofrimento. O Porto obterá a aprovação se jogar com humildade e determinação. Estes devem ser os predicados mais importantes para se chegar ao título. Uma lição que já deveria estar mais do que aprendida. No próximo fim-de-semana, haja coração, haja paixão, haja Porto Campeão!

domingo, 13 de maio de 2007

29ª Jornada da Liga: Paços de Ferreira 1-1 FC Porto

Estádio da Mata Real, Paços de Ferreira

Paços de Ferreira: Peçanha; Mangualde, Geraldo, Luís Carlos e Antunes; Paulo Sousa, Elias e Fahel; Edson (Pedrinha, 87m), João Paulo e Cristiano (Renato Queirós, 77m).

Treinador: José Mota

FC Porto: Helton; Bosingwa, Pepe, Bruno Alves e Fucile; Paulo Assunção (Jorginho, 38m), Lucho González e Anderson (Raul Meireles, 67m); Lisandro Lopez (Hélder Postiga, 54m), Adriano e Quaresma.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Marcadores: 1-o, Antunes (21m); 1-1, Adriano (76m)

Disciplina: Amarelo a Pepe (62m)

Melhor em campo: Geraldo

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Atitude & génio

Depois do desastre do Bessa, o Porto retomou o caminho das vitórias e, tão importante quanto isso, mostrou uma plena entrega ao jogo. Obviamente não foi uma exibição perfeita, mas a firme vontade em chegar à baliza de Diego é suficientemente consoladora para exaltarmos a honestidade dos jogadores.

O jogo, na primeira metade, foi um festival de não-golos. Ou porque a bola rasava o poste ou porque os golos seriam invalidados. A abnegação dos jogadores não foi premiada e o 0-0 com que se saiu para o intervalo foi injusto. O Nacional da Madeira limitou-se a defender e o nulo acabou por ser penalizador para o Clube da Invicta. Saliente-se, no entanto, a boa exibição colectiva. Individualmente, Bosingwa foi incansável durante toda a partida, cotando-se, neste momento, como o melhor defesa-direito português. João Paulo fez um bom jogo e só por mero azar não se estreou a marcar. Na primeira parte, o Porto mostrou futebol suficiente para resolver logo ali a partida. Todavia, só na segunda parte é que se materializaria a meritória vantagem no placar.


Anderson regressou ao onze. Porém, no primeiro tempo, o meio-campo portista não rendeu o habitual e o génio brasileiro esteve relativamente escondido do jogo. Jesualdo Ferreira operou algumas modificações que se revelariam decisivas para atingir a vitória. As entradas de Jorginho e de Raul Meireles contribuíram para o crescimento de Anderson na partida. Com duas muletas mais operantes que as anteriores unidades, Anderson assumiu o comando do jogo e marcou plenamente a diferença. Marcou o primeiro golo do Porto, assistiu Fucile para o segundo e protagonizou algumas das melhores jogadas do encontro. Um regresso em grande do 10 portista.

No final, a vitória sorriu à melhor equipa em campo. Pelas ocasiões criadas na 1ª parte, foi pena o Porto não ter tido o engenho de as concretizar. Poderia ter poupado alguma ansiedade que se foi criando nas bancadas. Porém, tudo correu pelo melhor na 2ª parte e está dado mais um passo rumo ao título. Anderson fez a diferença nesta partida. Privado do futebol deste génio, o Porto denotou algumas dificuldades ao longo do campeonato. Pensar que se o tivéssemos disponível durante toda a temporada, jamais este campeonato seria um dos mais difíceis e sofridos de sempre.

sábado, 5 de maio de 2007

28ª Jornada da Liga: FC Porto 2-0 Nacional

Estádio do Dragão, Porto

39 628 espectadores

FC Porto: Helton; Bosingwa, João Paulo, Ricardo Costa e Fucile; Lucho González (Ibson, 71m), Paulo Assunção (Jorginho, 57m) e Cech (Raul Meireles, 57m); Anderson, Adriano e Lisandro.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Nacional: Diego Benaglio; Patacas, Ricardo Fernandes, Cardozo, Ávalos e Cleber (Pateiro, 60m); Bruno (Leandro do Bomfim, 72m), Juliano e Alonso; Diego José e Rodrigo (Cássio, 75m).

Treinador: Pedrag Jokanovic

Marcadores: 1-0, Anderson (67m); 2-0, Fucile (88m)

Disciplina: Amarelo a Cleber (38m), Diego Benaglio (45m), Bosingwa (75m), Ricardo Fernandes (84m) e Anderson (90m)

Melhor em campo: Bosingwa