E tudo Hulk levou!
O FCPorto garantiu mais 3 pontos e solidificou a segunda posição no grupo que tem como líder o Chelsea, dando desta forma um passo muito importante rumo aos quartos de final. Mas o encontro de ontem não foi fácil e por várias razões. A primeira e desde logo pela entrada pouco pressionante do FCPorto no jogo, deixando o APOEL circular a bola. A segunda pelo golo consentido, num misto de azar e falta de concentração defensiva. A equipa portista deixou cruzar à vontade um jogador contrário e Álvaro Pereira acabou por ser infeliz e introduzir a bola na nossa baliza, colocando o APOEL em vantagem injusta.
E se há males que vêm por bem este foi com certeza um deles. A partir deste momento a equipa acordou e começou a circular melhor e mais rapidamente a bola, apesar de demonstrar que faltava algo ao meio-campo. O golo surgiu cerca de 10 minutos após a desvantagem inicial. Hulk estreou-se a marcar na Champions League, mas o golo tem muito de Falcao. O colombiano recuperou a bola e numa assistência fantástica permitiu aos brasileiro, num toque de classe, repor a justa igualdade. O FCPorto podia e devia ter chegado ao intervalo a vencer. As oportunidades iam-se acumulando, mas por mérito do guarda-redes contrário ou demérito dos nossos atacantes o 1-1 chegou ao intervalo.
Após os 45 minutos ficava a clara sensação que o APOEL não era uma equipa qualquer, mas antes uma formação capaz de circular a bola com qualidade e capaz de criar dificuldades com os seus contra-ataques. No entanto também era óbvio que éramos muito melhores do que eles e que o FCPorto tinha de ser mais pressionante e mais rápido para alcançar os tão importantes 3 pontos.
E foi com um pormenor que se resolveu a partida. Ao intervalo Jesualdo Ferreira mandou Mariano e Rodriguez trocarem de posições. O argentino foi para a posição em que melhor se enquadra, a de extremo direito, e o uruguaio fez de Belluschi. E os 20/25 minutos iniciais da segunda parte foram de excelente qualidade portista. A bola circulava rapidamente e os ataques foram se sucedendo. E não passou muito tempo até o 2-1 acontecer. Álvaro Pereira cruzou da direita e um defesa cipriota corta com o braço o lance. Penalty justo e que Hulk optimizou no seu segundo golo. Estreou-se a marcar e logo em dose dupla.
Os minutos seguintes deviam ter trazido mais golos. O FCPorto fez por merecer isso e apenas a expulsão de Mariano a cerca de 15 minutos do fim iria colocar uma nuvem sobre o resultado. O APOEL acreditou que podia chegar a um empate que nunca mereceu, mas o FCPorto, passando a jogar numa espécie de 4-3-2 controlou com maiores ou menores dificuldades o encontro.
O 2-1 final é de inteira justiça, apenas pecando pela escassez de golos dos da casa. Hul foi a figura do jogo, não só pelos 2 golos mas pela asfixia que provocou ao longo dos 90 minutos na defesa contrária. Falcao foi também fundamental: no golo do empate e nas imensas recuperações de bola que concretizou. Rodriguez, ainda longe da forma ideal, mostrou que caminha para o seu nível habitual. Uma palavra para Jesualdo Ferreira: esteve muito bem ao intervalo na mudança de posições entre Mariano e Rodriguez, facto fundamental na vitória.
O próximo encontro no Chipre pode carimbar o nosso passaporte para os oitavos de final. Espero que tal aconteça de modo a permitir discutir na ronda seguinte em pleno Dragão o 1º lugar do grupo.
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3 comentários:
Não havia necessidade...
Na primeira-parte, perante um adversário que só defendeu e que sem fazer um remate à baliza se apanhou a ganhar, o F.C.Porto foi lento, previsível e esteve desinspirado, apenas reagindo depois de ter sofrido o golo. Na segunda-parte, com a alteração de Mariano na frente e Rodríguez no meio-campo, a equipa melhorou deu a volta, teve 20 minutos de grande fulgor, mas depois e mesmo antes da expulsão do Mariano, já estava na fase do conformismo. Com a expulsão do argentino as coisas pioraram, sofremos, mas acabamos por vencer com toda a justiça.
Com a vitória do Chelsea frente ao A.Madrid, temos um pé nos oitavos. Espero que em Nicósia coloquemos os dois.
Um abraço
Num jogo de futebol, em especial na Champions League, é natural algum cuidado e algum estudo aos adversários.
Os resultados conseguidos pelo Apoel, apesar de uma derrota e um empate, parece ter amedrontado o professor.
A verdade é que o FC Porto começou prudente e acabou em aflição.
o caricato é que a turma cipriota demonstrou no tempo todo, fragilidades primárias, falta de nível e muita inexperiência. Os Dragões foram incapazes de explorar o filão.
Algumas circunstâncias terão influenciado para tal desempenho. Desde logo a falta de criatividade no meio campo onde se juntaram a má forma de Meireles e a falta de discernimento de Mariano. Se ao primeiro é reconhecida classe e capacidade para jogar melhor, ao segundo não lhe reconheço aptidão para servir um Clube de top.
Não entendo a obsessão de Jesualdo por este atleta, bem como a defesa de alguns comentadores que procuram tapar o Sol com a peneira.
O resultado está à vista. Mariano é já o jogador que mais oportunidades falhadas tem tido. É pois natural que a paciência de alguns associados tenha esgotado. Se outros foram com as trouxas por muito menos...
Neste jogo o que me chocou foi a forma amadora com que gerimos algumas situações. Acabar em sufoco, mesmo com menos um elemento, frente a um adversário tão frágil, recorrendo a expedientes próprios de equipas vulgares, é algo com que jamais concordarei.
O FC Porto tem historial e prestígio que deve defender. Esta não é forma de o conseguir.
Um abraço
Cometemos um erro muito grave, permitimos que a equipa do APOEL defenisse o ritmo de jogo, que foi muito lento e muito previsivel, depois de nos vermos a perder lá acordamos e demos a volta ao marcador com Hulk em destaque, apesar disso para mim o melhor foi Fernando.
Um abraço, http://varanda-do-dragao.blogs.sapo.pt/
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