Saída do Porto às 6:00 da manhã e chegada às 2:00 da madrugada. Portistas da Maia, Águas Santas, Gondomar e Rio Tinto reuniram-se e rumaram ao Jamor, local que se pretendia que fosse o epicentro da festa.
A viagem decorreu em ritmo de festa, mas com a última presença bem presente na memória. A distância a Oeiras encurtava-se à medida que aumentava aquela sensação que tinhamos atravessado a fronteira e chegado a um país diferente. Afinal o Porto é uma nação!! Perante gritos de campeões de uns e o estrebuchar de sono de outros, lá se ouviu o speaker de serviço a anunciar os "traços gerais estratégicos" para as horas que se seguiam.
Estacionado o meio de transporte perante manobras difíceis e com um "arrumador" imprevisto lá se pôde finalmente respirar o ar da mata do Jamor. As horas foram passando e depois de uma visita ao complexo lá se "matou" a fome.
Eram 15:30 quando se deu o passo rumo à porta da maratona para dar entrada no estádio onde se pretendia que o F.C.Porto trocasse os passos ao Paços. As bancadas vestiam-se de azul e branco, numa clara maioria das cores do Tetracampeão. O calor não abrandava e talvez por isso o hino nacional tenha sido tocado sem que ninguém do estádio o ouvisse ou cantasse. Estávamos mesmo num país diferente e percebendo isso os portistas lá entoaram nesse momento os cânticos de campeões.
O jogo começou e o que os adeptos mais queriam era que naqueles 90 minutos vissem reflectidos o esforço e dedicação demonstrado por eles. Lisandro, tal como muitos dos milhares de adeptos, madrugou e logo ao abrir do jogo marcou aquele que viria a ser o golo que nos daria a taça. Até ao intervalo o Paços criou algumas oportunidades sendo que a mais flagrante foi de Hulk, mas o super-herói falhou de forma infantil.
A segunda parte começou com uma atitude diferente do F.C.Porto, mas talvez influenciado pelo estranho nevoeiro que apareceu a equipa portista logo voltou ao ritmo da primeiro tempo. O Paços de Ferreira demonstrava alguma incapacidade para criar perigo e talvez por isso o tempo tenha passado sem grandes momentos para aquecer o encontro que começou com um sol abrasador e acabou com ameaças de chuva.
Noventa minutos mais quatro, apito final do árbitro e a taça era nossa. 14ª Taça de Portugal, 6ª dobradinha e primeira taça de Jesualdo. Lisandro foi o homem do jogo (talvez o
ultimo) e Bruno Alves levantou o tão ansiado troféu que desde as 6:00 da manhã estava na minha cabeça.
A festa foi bonita, mas de certa forma estragada quando os jogadores do F.C.Porto foram impedidos de ir festejar com os adeptos e mostrar a taça àqueles que tanto esforço tinham feito para estar ali. Não sei de quem é a responsabilidade, mas fizeram com que um dos grandes momentos do futebol que é o contacto da equipa com os adeptos, ainda por cima quando se ganha uma troféu como a Taça de Portugal , não existisse.
A saída de Oeiras foi feita e a chegada ao Porto denunciou uma sensação de cansaço, mas que a vitória na taça o transformou em orgulho e felicidade por mais uma vitória. Após recolher os bens lá se ouviu "Até para o ano.....". Espera-se que assim seja.
Super Dragão: Lisandro Lopez
Marcador: Lisandro Lopez
PS: Mais tarde irei postar as fotos da festa e mostrar o pano com que o Guardião da Invicta esteve presente no Jamor.
2 comentários:
A dodradinha não estava famosa: muito feijão e pouca carne, mas o objectivo foi cumprido.
Mais uma grande época e sinais claros, que na próxima pode ser mais do mesmo.
O gigante do Norte mostrou a sua força, a sua raça e invadiu o Jamor.
A festa e o convívio, é o melhor da festa, pois aquilo é bom é para piqueniques...
Acabou o tabú, como se ele alguma vez tivesse existido...Jesualdo merece continuar, pois tem feito um belíssimo trabalho, mas a exigência vai manter-se, pois como disse o Presidente: "este clube alimenta-se de vitórias".
Um abraço
Mais uma Taça! Não foi um futebol brilhante, longe disso, mas importante foi ganhar a final e fazer a dobradinha.
Grande invasão de adeptos a mostrar a militância e a força do melhor clube português.
É lamentável que não se façam obras no Jamor... Não há mesmo condições para o público!
Bonita crónica, Ninja!
Cumprimentos.
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