quinta-feira, 20 de março de 2008

Quando a caneta verte o sangue das veias (9)

Metamorfose

Para a minha alma eu queria uma torre como esta,
assim alta,
assim de névoa acompanhando o rio.

Estou tão longe da margem que as pessoas passam
e as luzes se reflectem na água.

E, contudo, a margem não pertence ao rio
nem o rio está em mim como a torre estaria
se eu a soubesse ter...
uma luz desce o rio
gente passa e não sabe
que eu quero uma torre tão alta que as aves não passem
as nuvens não passem
tão alta tão alta
que a solidão possa tornar-se humana.

Jorge de Sena

4 comentários:

dragao vila pouca disse...

A Torre é nossa!Todos somos donos de um bocadinho da Torre.
O rio é nosso! Todos somos donos do rio...
Um abraço

Dragões Azuis disse...

Registem-se no fórum recém-criado pelos Dragões Azuis


http://www.dazuis08.livre-forum.com

Pedro Silva disse...

Amigo Nicolau eis que finalmente tenho um bocadinho de Tempo para passar por aqui e não é que o meu amigo me fez aqui uma enorme surpresa!!!

Ao ver este Texto e imagem eu senti dentro de mim um ainda maior, enorme e universal ORGULHO em ser Portuense e Tripeiro!!!

Obrigado por isto e por tudo meu caro amigo.

Não é Portista quem quer, só é Portista quem pode.

Nicolau d'Almeida disse...

Todos nós devemos sentir orgulho na nossa bela Cidade Invicta, não obstante algumas situações desagradáveis que têm acontecido como, por exemplo, a recente requalificação da Avenida dos Aliados. Para quem gostar de cinzento os "novos" Aliados são o paraíso.

No entanto, quero acreditar que as coisas um dia melhorarão. E uma coisa é certa: nunca tripeiro nenhum deixará de amar a sua Cidade!

Cumprimentos.