Nunca os pastéis de Belém souberam tão a.... Porto. Pois é. A vitória do Porto sobre o Belenenses teve o condão de marcar a festa do título para o próximo Sábado no Estádio do Dragão. O jogo contra o Belenenses foi difícil e a vitória só foi garantida nos instantes finais. Sábado, às 20h45m, acorram todos ao estádio mais bonito do mundo: Estádio do Dragão, lógico!
O Belenenses, a fazer um bom campeonato, era encarado como um opositor complicado pois, até ao momento, foi a única equipa da Liga a conseguir roubar pontos ao Porto no Dragão. Tradicionalmente, os jogos entre Belenenses e Porto, no Restelo, são bastante equilibrados. Motivos de sobra para se fazer alinhar o melhor Porto. Porém, a primeira parte dos portistas foi pouco conseguida. A ligação entre os sectores não resultou da melhor forma, em boa parte pela disposição táctica do Belenenses. Ainda assim, o Porto criou as suas oportunidades, anuladas por Júlio César e, uma vez, pela trave. Numa falha defensiva, Weldon, perfeitamente em jogo, só teve de receber a bola e chutar para o fundo das redes de Helton, que nada podia fazer.
No segundo tempo, a atitude do Porto foi mais empreendedora no ataque e finalmente os jogadores conseguiram libertar-se das amarras tácticas dos de Belém. Especialmente Lucho. O grande motor da equipa, responsável pela ponte entre a defesa e o ataque, deu o arranque decisivo para a segunda reviravolta consecutiva do Porto. Lisandro López, numa boa movimentação, produziu o golo do empate. Faltava, então, apenas mais um golo para se alcançar a vitória, de modo a que se pudesse começar a tratar das festividades no Dragão para o próximo Sábado. Todavia, no desenvolvimento do jogo, o empate mantinha-se e, é importante referi-lo, aceitava-se dada a produção das duas equipas e respectivo equilíbrio. O Belenenses fora melhor na primeira parte e o Porto estava a sê-lo na segunda. Porém, um lance de Quaresma decidiu o jogo. Derrubado na área, Quaresma colocou nos pés de Lucho a responsabilidade de o Porto festejar na próxima jornada o Tricampeonato. Lucho não desiludiu. Aliás, como sempre.
E pronto. Parece que o campeonato aproxima-se, a passos largos, para um resolução oficial no que concerne ao primeiro lugar. E melhor que tudo, a festa está marcada para o local apropriado: Estádio do Dragão. Agora, cabe ao público engalanar-se, apoiar a equipa como o tem feito e esperar que os jogadores satisfaçam, já na próxima jornada, o desejo de todos nós: a comemoração do segundo Tricampeonato da História do FC Porto! Ontem, em Belém, a vitória soube e cheirou bem, soube e cheirou a.... Tri!













Num jogo sem grande história, Porto e Académica esgrimiram argumentos à sua maneira. O Porto rapidamente quis resolver a contenda. A Académica de Coimbra revelou-se uma equipa sem ideias e incapaz de causar embaraços a Helton, mostrando o porquê de lutar para não descer. Num lance de infelicidade para Pedro Roma, o Porto marcou o golo da vitória por intermédio de Ricardo Quaresma. O número 7 portista conseguiu, de certa forma, redimir-se do falhanço de Quarta-Feira contra o Schalke 04. Pedro Roma surpreendeu ao deixar-se bater daquela forma. Logo ele que faz do embate contra o Porto sucessivamente o seu jogo do ano!...
A segunda parte foi menos bem jogada. Os atletas sentiram que a vitória não lhes escaparia e a verdade é que a Académica legitimava esse pensamento do Porto. Os jogadores orientados pelo saudoso ex-jogador portista Domingos Paciência não apresentaram um futebol capaz de contrariar um Porto em gestão da partida e do resultado. Efectivamente, depois do desgaste físico e emocional dos atletas do Porto na partida da Champions League frente ao Schalke 04 era injusto pedir mais do que aquilo que o Porto fez ontem. O Bicampeão Nacional foi sempre superior à Académica de Coimbra e, como tal, foi um justo vencedor.












