
O Belenenses provou no Dragão que a campanha que efectuou na época transacta não foi fruto do acaso. Com uma defesa eficiente e com um valoroso meio-campo, a equipa de Belém apresentou-se bem organizada, neutralizou alguns pontos fortes do Porto e efectuou uma notável troca de bola, criando alguns embaraços à defesa do Porto. Os Bicampeões Nacionais não estiveram particularmente inspirados, principalmente na primeira parte. A lesão de Lucho González logo nos minutos iniciais dificultou a normal laboração de toda a estrutura do FCP. O argentino é uma unidade nuclear e a substituição forçada deixou a equipa órfã do seu líder.
Sem praticar um futebol deslumbrante, o Porto criava oportunidades de golo junto da baliza de Costinha. O golo apareceu como resultado da maior insistência atacante do Porto. Ludibriando os defesas do Belenenses e a equipa de arbitragem, Postiga apareceu cara-a-cara com Costinha e marcou o primeiro golo do jogo. O trio de arbitragem não teve uma noite feliz, sendo a pior das equipas em campo.

Pressentia-se que havia gente ávida por um deslize, nem que fosse mínimo, para imediatamente atacar Jesualdo Ferreira. Como será que vivem quando ele ganha, que é o que acontece na maior parte das vezes? Serve isto para dizer que a série consecutiva de oito vitórias não caiu do céu por obra e graça do Espírito Santo. Este belo registo foi o culminar do trabalho e da qualidade dos atletas e da equipa técnica. Não serão uns quaisquer ingratos que branquearão esta brilhante saga inicial do Dragão. Felizmente, há gente que continua a sentir o clube para lá das caras, das performances e dos resultados. Há gente que entende que jamais um empate servirá como móbil para desamparar o clube. Porto, há e haverá sempre um núcleo de irredutíveis que estarão em todos os momentos contigo. Eu e tu seremos inseparáveis, até «o meu corpo matar a fome às rosas!».
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