























"Era um sonho, uma realidade distante, uma missão… Era o início de um projecto, de uma ideia, de um futuro! As ideias eram claras. Apoiar o Futebol Clube do Porto, o nosso clube do coração. Fazer do futebol uma festa e nela participar dando todo o nosso apoio e todo o nosso amor. "Foi com estes pressupostos que, a 30 de Novembro de 1986, nasceram os Super Dragões. Vinte e um anos se passaram e os Super prosseguem firmes no cumprimento da sua missão, materializando o seu sonho. Orgulhosamente auto-denominados «Guardiões da Invicta», os Super Dragões representam, defendem e apoiam o FC Porto e a Cidade em qualquer lugar do Mundo, seja contra quem fôr. Contemporaneamente, os Super são a mais mediática claque em Portugal e um dos grupos lusos mais reconhecidos internacionalmente. Polémicos quanto baste, edificaram um império comercial com os seus produtos, sendo, por isso, olhados de soslaio por alguns. A proliferação da marca Super Dragões cativou muitos adeptos do clube que adoptaram o vestuário da claque como traje quotidiano, independentemente de pertencerem ou não ao grupo. A implementação dos SD como uma parte activa da vida do clube despoletou a evolução da claque em termos numéricos e possibilitou, por exemplo, a realização de grandiosas coreografias, passando ainda a existir viabilidade na organização de enormes caravanas a vários pontos do país. Relativamente à disponibilidade para acompanhar o Porto na condição de visitante, os SD não têm rival à altura em Portugal. O Porto nunca se sentirá sozinho, garantidamente. Conotados com a máxima radicalidade, os Super não se fazem rogados em extremar os ânimos contra os rivais. A curva sul do Dragão é a ignição que faz eclodir o vulcão de apoio. Ao longo de todos estes anos, os Super Dragões deram vida a todas as curvas por onde passaram. Muitas coreografias foram apresentadas, muitos cânticos foram proferidos com a característica fragância da pronúncia do Norte, muitas palmas, muitas bandeiras, estandartes e cachecóis, as intensas fumaradas, as tochas.... Tantas histórias que o saudoso Tribunal testemunhou porque foi aí que durante muito tempo todos os Super Dragões davam «do fundo do coração o nosso grito por ti Porto Campeão». Provocando a admiração e o respeito, por um lado, a inveja e o ódio, por outro, os Super Dragões seguem hoje o seu caminho sem temerem quem os afronta. Os índios defenderão para sempre o seu Clube e a sua Cidade . Porque como dizem: «Só os mais fortes sobrevivem... Nós somos eternos!» Parabéns Super Dragões!

A primeira parte foi boa. O Liverpool adiantou-se no marcador por intermédio de Fernando Torres, numa das pechas do FC Porto: os lances de bola parada. O Porto não se deu por vencido e procurou jogar sem complexos em busca do empate. Kaz efectuou um belo cruzamento a que Lisandro correspondeu com um espectacular cabeceamento por entre os centrais do Liverpool. Um belíssimo movimento de Lisandro. Três minutos depois, Lisandro poderia ter estabelecido a reviravolta no marcador, mas a bola passou a centímetros do poste de Reina. O Porto provava que não se deixara abater pelo golo do Liverpool e quase saía para o intervalo em vantagem. Na segunda parte o equilíbrio manteve-se até ao tal minuto 77. Fernando Torres avançou até à baliza de Helton, passou pelo azarado Stepanov e desfeiteou Helton. Stepanov, que deve seriamente ir a uma bruxa, cometeu ainda uma grande penalidade sobre Hyypia. O lance é confuso e suscita dúvidas, parecendo que é o central do Porto que sofre falta. No entanto, Gerrard não enjeitou a oportunidade de fazer o 3-1. Na sequência de um canto, Crouch marcou o último golo da partida. É difícil entender como foi possível sofrer três golos em doze minutos.

















Depois de ter feito o mais difícil, o Porto tentou a obtenção de mais um golo que lhe conferisse uma maior estabilidade na partida. Todavia, foi o Belenenses que aproveitou uma falha defensiva do Porto para igualar. José Pedro fugiu a Cech e já em desequilíbrio colocou a bola fora do alcance de Helton. O Porto tentou de todas as formas e feitios alcançar a vitória mas não a conseguiu. Mérito para o Belenenses. O empate acabou por premiar a bravura com que os lisboetas defenderam. A atitude dos atletas do Porto foi inexcedível. Não faltou luta, não faltou vontade, não faltaram oportunidades. De cada vez que o Porto descia para a baliza de Costinha parecia que ia marcar. Porém, a sorte ontem já tinha escolhido o azul de Belém como o preferido. Aconteceu um empate que em nada belisca a valia do Porto e a competência da sua equipa técnica.