Até mais ver, Paulo

Obrigado por tudo o que nos deste, Paulo. Mas agora que escolheste outro caminho, só resta dizer: "adeus". Não há-de ser por morrer uma andorinha que acabará a Primavera de glórias do Futebol Clube do Porto.

Humor de Perdição (2)

«Sou do Benfica, não sou do FC Porto e fiquei muito triste por não termos alcançado os objectivos. Eu e muitos milhões de benfiquistas. Quem me conhece sabe que eu sei ganhar e perder mas prefiro ganhar. Aceito o triunfo do adversário. Só tenho um clube. Se gostava que o Benfica ganhasse não posso dar os parabéns aos outros. Se foi justo o triunfo do FC Porto cabe aos jornalistas comentarem (...) Tenho muita coisa para dizer e não o posso fazer. Estávamos muito tempo a falar. Já o declarei no final do jogo com o Vitória de Setúbal, para o Campeonato. Se fosse dizer tudo, seria castigado e não o posso ser. Infelizmente, no nosso país, dizer as verdades custa a muita gente. Tenho família e filhos e não posso pagar multas. Os jornalistas têm de comentar os erros através das imagens televisivas.»

Chalana in O JOGO

A Festa da Taça de Portugal 2008

Quando a ocasião é de festa, como é o caso da final da Taça de Portugal, geralmente comemora-se o acontecimento com um bolo. Ora cá está ele: bolo comemorativo da final da Taça de Portugal 2008. Cortesia do senhor Lino. Espectáculo! Até o comemos, carago!

Chegados ao Jamor, tratou-se logo de saber qual seria a porta de entrada para o Estádio Nacional. As expectativas eram grandes. Havia muita fé na conquista da "dobradinha". Era por aqui, no Topo Sul, que se queria entrar de rompante rumo à 14ª Taça de Portugal para o FC Porto. Vamos ter de esperar pela próxima oportunidade...

Vagueando pelas matas envolventes, vislumbravam-se algumas partes das bancadas do Estádio Nacional. Mais tarde, sentar-se-iam precisamente naquela bancada algumas personalidades importantes, nomeadamente o Presidente da República Prof. Cavaco Silva.

Marcando território. Esta era a zona portista por excelência. Nada melhor do que um adereço portista para esclarecer quem mandava na área. Leões? Não, obrigado! Mas eles até que apareciam por lá... Sem problemas absolutamente nenhuns.

Gentes de várias proveniências acorreram ao Jamor. Do Norte de Portugal foram muitas as camionetas que se deslocaram para Oeiras. Uma vez chegados à Capital, era hora de armar a tenda, preparar o piquenique e aguardar pela hora do jogo. Estava montada a romaria azul! "Ó Chiiiiiiiiibaaa!......"

Hora de almoço. Diversas iguarias, ao serem preparadas, foram espalhando perfumes vários por todo o Complexo do Jamor. Doses quase industriais de comida alimentaram o corpo de toda a gente. Só ficava a faltar a vitória do Porto para nos saciar o espírito. Nem o leitão faltou!

Bem cedo, o Jamor começou a compor-se. Adeptos dos dois clubes iam vestindo com as suas cores o velho mas carismático Estádio Nacional.

A equipa do Porto foi a primeira a subir ao relvado do Jamor para os exercícios de aquecimento. Ouviram-se imediatamente várias manifestações de apoio aos atletas do FC Porto, que também aproveitaram a oportunidade para aplaudir os milhares de portistas que deram mais uma prova de amor pelo clube ao invadirem o Jamor.

Jogando na Capital de Portugal, o Sporting contou naturalmente com uma forte presença de adeptos. O Topo Norte estava lotado de sportinguistas.

Porto e Sporting ocuparam sensivelmente o mesmo número de lugares. Metade do Estádio Nacional era azul, o que reflectia bem a enorme caravana que estacionou em Oeiras. A Capital tremeu com mais uma invasão tripeira!

Estava tudo pronto para a festa, que se foi fazendo com recurso a bandeiras ou cachecóis. Tudo serviu para dar ânimo aos atletas. Para os lados do Jamor, os decibéis iam aumentando...

O momento mais aguardado chegava finalmente. As equipas entravam em campo com pompa e circunstância para o último desafio da época desportiva em Portugal. Tocou-se o hino e apitou-se para o início da partida. Era isso que toda a gente queria: ver a bola a rolar no tapete verde do Jamor.

Durante o jogo, o apoio foi se fazendo sentir. As claques do Porto davam o mote para que todo o público portista acompanhasse o grito aos Tricampeões Nacionais. "Cantarei por ti até que a voz me doa..."

Jogo grande, segurança máxima.

Excelente perspectiva do Estádio Nacional. Faltavam apenas golos para que no Jamor a festa fosse ainda mais intensa. No tempo regulamentar, não houve motivos para festejos. O empate a zero persistia e as coisas não estavam famosas para o lado do Porto.

Do lado sportinguista, nesta altura, havia mais animação. O Porto estava reduzido a 10 unidades, o Sporting tinha mais posse de bola e jogava melhor. Ia valendo Nuno para que os adeptos sportinguistas não tivessem maiores motivos de alegria.

Ora cá está o verdadeiro "Special One". Presidente Pinto da Costa! Who else?

E para quando um concurso "Miss FC Porto", como é tradição acontecer no futebol brasileiro com todos os clubes? Cá está uma bela candidata ao título... Graças a Deus é cá das nossas!

Os Ultras do FC Porto iam puxando como podiam pela equipa. As bandeiras eram desfraldadas, os cânticos eram incontidos... O futebol jogado não inspirava muito os adeptos mas estes faziam das tripas coração e apoiavam a equipa até ao fim.

Panorâmica do Topo Sul repleto de portistas. Esta é a força de qualquer clube: os adeptos!

Cá está o que nenhum portista queria: golo do Sporting. E outro se seguiria. Na segunda parte do prolongamento, o Porto foi às cordas e o Sporting conseguiu marcar. Os adeptos leoninos naturalmente exultavam com a aproximação do fim do jogo e com a inevitabilidade de conquistarem a Taça de Portugal 2007/08.

Rodrigo Tiuí. O jogador brasileiro do Sporting foi o grande herói da partida ao marcar os dois golos do Sporting no prolongamento. O baixinho entrara precisamente no prolongamento e em meia-hora tornou-se na nova estrela da turma de Alvalade. Os festejos leoninos prolongaram-se noite dentro, com recepção na Câmara Municipal de Lisboa e no Estádio Alvalade XXI. A efusividade dos festejos sportinguistas dá para entender a força que o Porto tem contemporaneamente no futebol português. Afinal, eles ganharam ao Tricampeão Nacional! Até à próxima, Jamor! Com o Porto... Sempre!

Some Cops Are Bastards

14 de Maio de 2006: FC Porto x Vitória de Setúbal

18 de Maio de 2008: Sporting x FC Porto

Tiuí Fez Voar a Taça

O Porto falhou a conquista da “dobradinha” nesta época 2007/08. O Sporting depois de ter vencido o Porto na Supertaça no início da época fechou a mesma com nova vitória sobre o Tricampeão Nacional. O Sporting somou assim dois triunfos consecutivos na prova, algo que não se via há 34 anos.

Os jogadores do FC Porto não foram felizes nos duelos com o Sporting fora do Dragão, esta época. Três derrotas contra os leões em tantos outros jogos disputados longe de casa. Paulo Bento parece dispor de especial apetência para travar o FC Porto enquanto que Jesualdo Ferreira não conseguiu ainda encontrar o antídoto perfeito para se superiorizar claramente ao Sporting Clube de Portugal.

João Paulo foi a novidade no onze do Porto, onde não constava o nome de Tarik. O ex-Capitão leiriense ocupou a posição de defesa-esquerdo e estaria em foco na partida ao receber ordem de expulsão após uma entrada infeliz sobre João Moutinho. A defesa do Porto não esteve ao nível habitual e o cartão vermelho a João Paulo só colocou mais entraves ao jogo portista, que de uma forma global nunca conseguiu ser igual a si próprio. Nuno Espírito Santo foi mesmo a melhor unidade do FC Porto em campo, na tarde de ontem.

O Sporting aproveitou as suas chances de golo e acaba por ser justo reconhecer o mérito da sua vitória. Lisandro e Quaresma tiveram oportunidades primorosas de abrir o activo mas infelizmente tal não sucedeu. Atendendo ao historial recente dos embates entre Porto e Sporting, era previsível que quem marcasse primeiro acabasse por vencer a partida. Assim foi. O Sporting foi mais feliz.

O árbitro da final da Taça de Portugal também não quis ficar fora dos holofotes e chamou a si o protagonismo. Tanto o Sporting como o FC Porto têm razões de queixa de uma arbitragem um tanto ou quanto estranha, mas ainda assim parece ser notório que o Campeão Nacional foi mais penalizado pelo trabalho do juiz da partida. No entanto, a arbitragem nunca servirá de desculpa para o que quer que seja. O Sporting mereceu erguer esta Taça de Portugal. Teve mais vontade, mais esperança na vitória e fundamentalmente apostou tudo no prolongamento. O Porto reduzido a dez elementos e denotando cansaço e desacerto não aguentou o forcing leonino. Rodrigo Tiuí foi a arma secreta de Paulo Bento para evitar os penalties. O jogador brasileiro do Sporting revelou-se decisivo no Estádio Nacional, tornando-se o herói da final.

No último jogo da época, o Porto não alcançou a 6ª “dobradinha” da sua História. A regularidade obtida na Liga, e que permitiu ao Porto distanciar-se a léguas dos rivais nacionais, acalentava a esperança de se juntar a Taça ao Campeonato. A valia desta equipa do Porto merecia mais do que um título nesta época. Mas uma final é sempre um jogo de tripla. O Sporting ainda que nem sempre tenha merecido vencer o Porto como ficou nítido na Supertaça ou em Alvalade foi melhor do que o Porto ontem. Assim, o Sporting foi um justo vencedor porque jogou melhor e acho até que não merecia ter materializado essa superioridade de ontem com o seu 1º golo precedido de uma falta não assinalada sobre Lisandro. O Sporting foi superior ao Porto, independentemente da forma como alcançou o golo que abriu o activo no Jamor. Quanto ao Porto, não há-de ser a perda da Taça de Portugal que beliscará a época que se fez. É bom que todos os portistas não se esqueçam disso, sob pena de estarem a ser injustos com os profissionais do FC Porto. Mas esta é apenas a minha opinião, obviamente.

Final Taça de Portugal: Sporting 0-0 FC Porto (2-0, após prolongamento)

Estádio Nacional, Lisboa

37 600 espectadores

Sporting: Rui Patrício; Abel (Tiuí, 91’), Tonel, Polga e Grimi; João Moutinho, Miguel Veloso, Iazmailov (Pereirinha, 76’) e Romagnoli; Derlei (Gladstone, 116’) e Yannick.

Treinador: Paulo Bento

FC Porto: Nuno; Fucile, Pedro Emanuel, Bruno Alves e João Paulo; Lucho, Paulo Assunção (Tarik, 112’) e Raul Meireles (Kaz, 104’); Mariano (Lino, 79’), Lisandro e Quaresma.

Treinador: Jesualdo Ferreira

Marcadores: 1-0, Tiuí (111m); 2-0, Tiuí (117m)

Disciplina: cartão amarelo a Paulo Assunção (36m), Abel (54m), Raul Meireles (96m), Derlei (101m) e Lucho (113m); cartão vermelho a João Paulo (71m).

Melhor em campo: Rodrigo Tiuí

Apesar da derrota no Jamor...

... expresso a minha gratidão a todas as pessoas do Futebol Clube do Porto pela época realizada. Muito obrigado por tudo, Campeões!

Jamor, cá vai invasão portista!...

Não há NADA que nos faça recuar!

Olha que dois....

http://www.fpf.pt/portal/page/portal/PORTAL_FUTEBOL/COMPETICOES/NOTICIA?notid=4188222

Ó Alfio Basile....

... tens a palavra final, mas Lisandro merece certamente mais de 4 minutos de jogo. Diante do México e dos Estados Unidos, Lisandro López pode convencer definitivamente o seleccionador argentino a elegê-lo como elemento válido da Argentina. Os jogos amigáveis realizar-se-ão nos States nos dias 4 e 8 de Junho, respectivamente. Espera-se que Lisandro brilhe amanhã no Jamor de modo a chegar junto da comitiva argentina em alta. Dale, Licha!

16/05/1984: Juventus 2-1 FC Porto

Em Basileia, na Suiça, no dia 16 de Maio de 1984, o FC Porto disputava a sua primeira final europeia. Na final da Taça das Taças, o adversário era nem mais nem menos a poderosa "Vecchia Signora" de Turim. O Porto perdeu o jogo por 2-1, mas a Juventus e a Europa assistiram naquele momento à afirmação de um clube que rapidamente se viria a tornar num dos grandes clubes do Mundo: Futebol Clube do Porto, naturalmente!

Não há apitos que findem as nossas vitórias!

O Porto regressou à normalidade no último jogo da Liga 2007/08. Após a inesperada derrota caseira frente ao Nacional, os Tricampeões de Portugal deslocaram-se à Figueira para provar aos mais distraídos, mais uma vez, o porquê de serem de longe a melhor equipa portuguesa. 24 vitórias, 60 golos marcados, 13 sofridos, Lisandro melhor marcador do campeonato com 24 golos. De facto, para sermos campeões absolutos só nos falta conquistar lugares na Liga de Clubes!

Jesualdo Ferreira deu nova oportunidade a alguns atletas menos rodados, pensando naturalmente na final da Taça de Portugal. Ventura inscreveu o seu nome na lista dos Campeões ao jogar esta última partida, sendo de assinalar a belíssima prestação que fez. De uma forma global, os atletas cumpriram com aquilo que se lhes era exigido. A vitória materializada com dois golos de Farías susteve que Sábado passado aconteceu a excepção à regra neste Porto versão 2007/08.

Depois do anúncio do castigo ao Porto, sabe-se que serão subtraídos 6 pontos ao clube. No entanto, pessoalmente não acredito nesta "justiça" da Comissão Disciplinar da Liga. Para mim, todos os pontos que o Porto alcançou foram justos e contam por inteiro. Por respeito à honestidade e esforço dos atletas e das equipa técnicas passadas e actuais, considerarei este castigo uma treta. Está mais do que provado que no terreno de jogo, o verdadeiro tribunal da bola, fomos os melhores! E com folgada vantagem. Os títulos nacionais e internacionais são o melhor testemunho disso. Para mim, isso é que conta, não é qualquer arrogante e vaidoso senhor juiz que me vai fazer crer no contrário! Infames os que querem arranjar desculpas para os seus insucessos com esquemas na secretaria! Só por má fé e ódios viscerais se menoriza o que o Porto faz. Este ataque da Liga aos clubes da Cidade do Porto é demonstrativo da força desportiva que este burgo tem. Por mais que tentem, não nos hão-de derrubar! Para os "justiceiros" do futebol português, com o senhor juiz Ricardo Costa a ponta-de-lança, consolem-se com estas vitórias morais. É que no relvado não damos hipóteses!

P.S.: De registar que esta temporada nem na última jornada os jogos se realizaram ao Domingo à tarde e à mesma hora! Futebol moderno no seu melhor... A Liga de Clubes parece ter mais com que se preocupar... Prioridades, certamente em nome da competitividade do futebol português... TRIstes!!!

30ª Jornada da Liga: Naval 0-2 FC Porto

Estádio Municipal José Bento Pessoa, Figueira da Foz

Naval: Taborda; Mário Sérgio, Paulão, Diego e China; Bruno, Delfim (Godemeche, 84’) e Davide; João Ribeiro (Dudu, 76’), Marcelinho (Elivelton, 66’) e Marinho.

Treinador: Ulisses Morais

FC Porto: Ventura; Fucile (Pedro Emanuel, 46’), Stepanov, João Paulo e Lino; Bolatti, Kazmierczak e Mariano (Castro, 61’); Adriano, Farías e Tarik Sektioui (Hélder Barbosa, 61’).

Treinador: Jesualdo Ferreira

Marcadores: 0-1, Farías (37m); 0-2, Farías (41m)

Disciplina: nada a assinalar

Melhor em campo: Farías

Haja (J)amor

Quando a Caneta Verte o Sangue das Veias (10)

Cidade

Imensa, troglodita, ambiciosa,
vai a cidade até à praia;
perdeu no campo as rochas cor-de-rosa,
e o mar, se a busca, evita-a, não desmaia,
antes se ergue negro contra o desconforto.

O rio leva casas debruçadas
que já, com o tempo, foi cavando em arcos
de perfil sem cal, inclinado e morto...
e leva também barcos.

No céu, as nuvens correm desviadas,
enquanto o sol, em dardos, sobre o mar as crava.

Jorge de Sena