
A liderança incontestável do Porto permitia-lhe aterrar na Madeira sem grandes sobressaltos. O segundo classificado ainda estica bastante o pescoço para vislumbrar o Porto. Porém, era conveniente não dar azo a grandes esperanças a quem vem atrás. Só a vitória interessava até para concluir o ano velho em beleza. Esse era o propósito, mas em certas partes do jogo a atitude não foi similar.

O Porto dominou o jogo mas não criava incómodos a Diego Benaglio. O Porto ficava-se por meras intenções. Prometia que marcava no lance seguinte, mas noventa minutos passaram-se e nada. Alguns atletas do Porto escusavam de levar tão a sério os mandamentos do Natal. Postiga então trajou-se a rigor e, depois deste jogo, não faltarão madeirenses a pedir-lhe mais prendas. Hélder Postiga, um verdadeiro Pai Natal madeirense. Começa a ser difícil a vida de Postiga neste FC Porto. Este não foi um jogo mau dele. Este foi o enésimo jogo consecutivo mau de Postiga. Quando não se quer ser um jogador «à Porto», o melhor é exibir-se «à Postiga» noutro clube.

O Porto perdeu e deve-se salientar o feito do Nacional. Da parte do Porto, o trabalho desenvolvido pela generalidade dos atletas deveria ser coroado, no mínimo, com um empate. O Porto pode queixar-se de algum azar e do resto. Como diria Octávio: «Vocês sabem do que eu estou a falar». No entanto, o primeiro lugar é nosso. Esta derrota deverá servir para o Porto redobrar cuidados, tendo de estar vigilante na defesa da vantagem que tem sobre os "primeiros dos últimos". Que 2008 seja mais um ano do Dragão!
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