
A liderança incontestável do Porto permitia-lhe aterrar na Madeira sem grandes sobressaltos. O segundo classificado ainda estica bastante o pescoço para vislumbrar o Porto. Porém, era conveniente não dar azo a grandes esperanças a quem vem atrás. Só a vitória interessava até para concluir o ano velho em beleza. Esse era o propósito, mas em certas partes do jogo a atitude não foi similar.

Não obstante a desinspiração colectiva, alguns jogadores procuraram individualmente remar contra maré. Diego Benaglio esteve muito bem e não permitiu que o Porto concretizasse. O Nacional, por sua vez, aproveitou bem um erro do Porto para facturar. Lipatin desferiu um remate indefensável. Um grande golo que roubou a invencibilidade ao Porto. Evocando “amigos do alheio”, a prestigiadíssima classe portuguesa dos homens do apito esteve bem representada na Choupana. Quer isto dizer que as decisões do trio tiveram influência directa no resultado. Minuto 54, pois claro. Vindo de quem vem, não é nada a que não estejamos habituados.

O Porto perdeu e deve-se salientar o feito do Nacional. Da parte do Porto, o trabalho desenvolvido pela generalidade dos atletas deveria ser coroado, no mínimo, com um empate. O Porto pode queixar-se de algum azar e do resto. Como diria Octávio: «Vocês sabem do que eu estou a falar». No entanto, o primeiro lugar é nosso. Esta derrota deverá servir para o Porto redobrar cuidados, tendo de estar vigilante na defesa da vantagem que tem sobre os "primeiros dos últimos". Que 2008 seja mais um ano do Dragão!
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