Foi ao ritmo dos cânticos turcos que o jogo começou. Impulsionados pelo público, os jogadores do Besiktas entraram na partida decididos a ganhar no seu território. Por sua vez, o Porto tentava suster a avalanche turca e partir organizadamente para o ataque. Fruto da determinação do Besiktas, o Porto sentiu bastantes dificuldades para sair com a bola controlada na fase inicial do jogo. As linhas médias do Porto viam-se obrigadas a recuar e colocavam-se muito próximas da defesa portista. O ritmo vigoroso empreendido pelos turcos forçava a que o Porto sofresse para manter a baliza inviolável. Helton esteve intransponível se bem que, em algumas situações, a falta de pontaria dos turcos ajudou a manter as redes impenetráveis.

O marcador ao intervalo estava a zeros. O Porto tinha aguentado 45 minutos de puro suplício. Desde o início da partida que o Besiktas garantia uma superioridade numérica a meio-campo. Isso forçava a que os médios recuassem muito e ficassem impossibilitados de apoiar o ataque. Assim se explica também o pouco aproveitamento ofensivo da primeira parte. Com a entrada de Marek Cech, o jogo altera-se. O Porto passa a dispor de maior posse de bola, anula a vantagem numérica do meio-campo do Besiktas e faz com que Lucho e Meireles subam mais no terreno de modo a darem maior dinâmica ao sector ofensivo. É já em 4x4x2 que o Porto começa a deter o controlo do jogo. Com Adriano também em campo, o Bicampeão Nacional cria algumas boas situações para se adiantar no marcador. Jogando com uma outra dinâmica, o Porto conseguiu suplantar o domínio turco e mantém a bola mais afastada de Helton. Quando se pensava que o jogo terminaria como começou, Ricardo Quaresma marcou o golo que deu a vitória e que veio premiar todo o esforço colectivo dos azuis e brancos.

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