domingo, 19 de agosto de 2007

O arsenal de Quaresma

O campeonato começou da melhor maneira para o FC Porto. O clube da Invicta deslocou-se a Braga e alcançou o triunfo num terreno deveras difícil. Regra geral, o Braga é uma equipa que cria muitas dificuldades ao Porto, principalmente no seu reduto. A equipa arsenalista não contaria certamente que o Porto tivesse em Quaresma um atirador tão certeiro e detentor de um calibre tão potente e destrutivo.

O jogo foi muito agradável de se assistir. As duas equipas entraram em campo tendo como mira a baliza adversária. Quando assim é, o futebol só tem a ganhar, pois um jogo defensivo não interessa nem ao Menino Jesus. Assim sendo, a partida reuniu todos os condimentos para que o espectáculo fosse bom. O que felizmente aconteceu. Para bem do futebol e dos adeptos deste desporto.

O Porto foi fiel à sua identidade e cedo mostrou que queria a vitória. Tarik e Lucho entraram no onze, enquanto que Fucile (lesionado) e Lisandro (castigado!!!???) não foram opção para Jesualdo Ferreira. Os azuis e brancos fizeram uma primeira parte de grande nível e neutralizaram quase por completo o Braga. Quaresma não esqueceu a injustiça que o tolheu na Supertaça e vingou-se ontem com dois tiros que tiveram tanto de mortíferos como de espectaculares!

Aos 34’, na cobrança de um livre directo, Quaresma apontou, disparou, incendiou as mãos de Dani e fez sacudir violentamente as redes, para além de ter lançado o caos no sector portista presente no Municipal de Braga. Um tiraço de Quaresma a dar a vantagem ao Porto. No reatar das emoções, o Braga surpreendeu. João Pinto com um subtil desvio à entrada da pequena área restabeleceu o empate. O Porto procurou de todas as formas e feitios colocar-se novamente na posição de vencedor. Tanta labuta e determinação foram recompensadas, ao minuto 84, com o génio de Ricardo Quaresma. Quem mais?! Beneficiando de um livre descaído para o lado esquerdo do ataque portista, o 7 foi autor de mais um disparo absolutamente fantástico! Contando, desta vez, com a conivência dos postes. O Porto venceu porque foi melhor do que o Braga, trabalhou mais para ter os três pontos e claro retirou todos os dividendos de ter uma super-estrela como Ricardo Quaresma.

Desta vez, Quaresma não teve os postes como inimigos. Os ferros aliaram-se ao extremo portista e auxiliaram na vitória do Porto, desfazendo o empate. Começar a Liga com uma vitória em Braga tem o seu quê de importante para o futuro. No entanto, esta foi a primeira batalha de uma longa guerra. Nesta primeira ronda do esgrimir dos argumentos bélicos, o Porto deu mostras de estar bem apetrechado para lutar “contra tudo e contra todos”, como aliás já o tinha demonstrado na Supertaça. Apenas faltara calibrar a mira. Veremos como estará a pontaria no Domingo em novo clássico Porto-Sporting.

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