O Porto foi eliminado da Champions League nas grandes penalidades, depois de ter empatado a eliminatória por intermédio de Lisandro, aos 86 minutos. Assim, previsivelmente, foi uma noite mal dormida e ainda são, em mim, claros os sinais da convalescença. É-me ainda muito doloroso abordar as incidências do jogo da noite passada. A verdade é que tivemos a chave da eliminatória na mão, mas inacreditavelmente não encontrámos a fechadura que nos possibilitaria escancarar a porta dos quartos-de-final da UEFA Champions League.
O Porto entrou «à Porto». Com garra, ambição e senhores do jogo, os azuis da Invicta rapidamente chegaram com perigo à baliza de Neuer. O guardião alemão teve porventura a sua noite de gala no jogo de ontem. Na busca incessante pelo golo, o Porto deparou-se com a falta de sorte que se transportou todinha para o espaço que ocupava a baliza do Schalke 04. Diga-se que os alemães jogaram deliberadamente para a defesa da vantagem que traziam de Gelsenkirchen. O Schalke 04 sempre que tentou explorar o contra-ataque viu as suas intenções resultarem infrutíferas por mérito do Porto. Os atletas de Jesualdo Ferreira foram de uma dedicação extrema no desenho de jogadas de golo. Tanto trabalho merecia ser justamente recompensado com um golo, que, entretanto, teimava em não surgir. Bosingwa, Lucho, Tarik e Lisandro produziram alguns lances destinados a entrar na baliza do Schalke 04. Porém, a sorte era a melhor amiga dos alemães. Os Bicampeões Nacionais nunca deram mostras de quebrar e foram um exemplo de crença no empate da eliminatória. O esforço de todos os atletas viria a ser justamente recompensado ao minuto 86, quando todo o Estádio do Dragão pôde finalmente explodir de alegria, com um golo que nos era devido desde o jogo da primeira mão. Lisandro marcava o mais do que justificado golo, numa altura em que Fucile já tinha recolhido ao balneário por lhe ter sido exibido cartão vermelho directo.
O mais difícil estava feito. Marcar o primeiro golo contra uma equipa que privilegiava declaradamente o futebol defensivo era um rude golpe na estratégia de jogo dessa mesma equipa. Assim, o Schalke 04 foi às cordas e só não foi ao tapete instantes depois sabe lá Deus porquê. Há imagens que não me sairão nunca da cabeça e aquele lance de Quaresma no prolongamento, em que ia isolado para a baliza do Schalke 04, será seguramente um desses momentos. Naquela mesma baliza a que se dirigiu Quaresma, Tarik havia feito contra o Marselha um dos melhores golos que alguma vez vira. Pois bem, quando Quaresma se encaminhou para a baliza nunca acreditei que aquela bola não pudesse entrar. A nossa sina parecia querer mudar, já tínhamos empatado, estávamos a sufocar os alemães e era então o momento de tornarmos nosso aquele jogo e aquela eliminatória. Quaresma infelizmente falhou, frustrando assim qualquer hipótese de mudança do jogo a nosso favor. Aquele foi o instante que os germânicos precisaram para depreender que agora só dependiam deles. E aí entravam os penalties. Após não ter concretizado no tempo em que o Schalke 04 estava desorientado, o Porto partia um tanto ou quanto fragilizado para os penalties.
Infelizmente, o Porto só converteu uma penalidade. Estava traçado o nosso destino nesta edição 2007/08 da Champions League. De que vale agora culpar alguém, espalhar pelos sete ventos que fomos injustiçados ou divagar sobre se aquele profissional da arbitragem teve uma noite infelicíssima ou se está na profissão errada? Não vale absolutamente nada. Perdemos e temos que, ainda que nos custe e muito nos doa, parabenizar o Schalke 04. Todavia, dado o empenho, a incondicional entrega, a devoção pela obtenção daquele golo que tanto nos alegrou, todos nós, portistas, temos que sentir orgulho nesta equipa do Futebol Clube do Porto. Ontem, esses atletas que trazem ao peito o nosso amado emblema deram tudo por nós. O que não deram foi-lhes roubado pela sorte. Certamente eles, mais do que ninguém, queriam ganhar aquela eliminatória e dedicarem-na a todos os adeptos. Assim, serão eles também os primeiros a sentir a mágoa por não conseguirem em campo aquilo que tanto esperávamos deles. Não se classificaram para os quartos-de-final da Champions League, mas tive muito orgulho neles pela forma guerreira adoptada em campo. Como na vitória é fácil ter um pretexto para se gostar do Porto, eu, nesta hora triste, dilacerante, de desconsolo e de derrota, sublinho: amo cada vez mais o Porto!
O mais difícil estava feito. Marcar o primeiro golo contra uma equipa que privilegiava declaradamente o futebol defensivo era um rude golpe na estratégia de jogo dessa mesma equipa. Assim, o Schalke 04 foi às cordas e só não foi ao tapete instantes depois sabe lá Deus porquê. Há imagens que não me sairão nunca da cabeça e aquele lance de Quaresma no prolongamento, em que ia isolado para a baliza do Schalke 04, será seguramente um desses momentos. Naquela mesma baliza a que se dirigiu Quaresma, Tarik havia feito contra o Marselha um dos melhores golos que alguma vez vira. Pois bem, quando Quaresma se encaminhou para a baliza nunca acreditei que aquela bola não pudesse entrar. A nossa sina parecia querer mudar, já tínhamos empatado, estávamos a sufocar os alemães e era então o momento de tornarmos nosso aquele jogo e aquela eliminatória. Quaresma infelizmente falhou, frustrando assim qualquer hipótese de mudança do jogo a nosso favor. Aquele foi o instante que os germânicos precisaram para depreender que agora só dependiam deles. E aí entravam os penalties. Após não ter concretizado no tempo em que o Schalke 04 estava desorientado, o Porto partia um tanto ou quanto fragilizado para os penalties.
Infelizmente, o Porto só converteu uma penalidade. Estava traçado o nosso destino nesta edição 2007/08 da Champions League. De que vale agora culpar alguém, espalhar pelos sete ventos que fomos injustiçados ou divagar sobre se aquele profissional da arbitragem teve uma noite infelicíssima ou se está na profissão errada? Não vale absolutamente nada. Perdemos e temos que, ainda que nos custe e muito nos doa, parabenizar o Schalke 04. Todavia, dado o empenho, a incondicional entrega, a devoção pela obtenção daquele golo que tanto nos alegrou, todos nós, portistas, temos que sentir orgulho nesta equipa do Futebol Clube do Porto. Ontem, esses atletas que trazem ao peito o nosso amado emblema deram tudo por nós. O que não deram foi-lhes roubado pela sorte. Certamente eles, mais do que ninguém, queriam ganhar aquela eliminatória e dedicarem-na a todos os adeptos. Assim, serão eles também os primeiros a sentir a mágoa por não conseguirem em campo aquilo que tanto esperávamos deles. Não se classificaram para os quartos-de-final da Champions League, mas tive muito orgulho neles pela forma guerreira adoptada em campo. Como na vitória é fácil ter um pretexto para se gostar do Porto, eu, nesta hora triste, dilacerante, de desconsolo e de derrota, sublinho: amo cada vez mais o Porto!
8 comentários:
É isso, que o nosso lema seja :" não embandeirar em arco nas vitórias, nem dramatizar muito as derrotas"
Eu já caí, mas já me levantei.Os profissionais do F.C.Porto têm de fazer o mesmo.
Um abraço
O Mundo do Futebol por vezes é muito injusto e a noite de ontem não foi excepção... Paciência, há que levantar a cabeça e seguir em frente e mais uma vez ganhar tudo o que há para ganhar no nosso Campeonato onde reinam os ingratos e cegos... Venha a Taça e o Campeonato e para o ano se a equipa Portista mantiver esta atitude corre o sério risco de vencer a Liga dos Campeões...
Saudações Portistas!!!
Foi mais uma vez patente as grandes dificuldades em derrubar muros defensivos.
Faltou velocidade, magia, centímetros e principalmente eficácia.
Sem pretender procurar "bodes expiatórios", em alta competição não se pode dar ao luxo de desperdiçar golos feitos.
Para o ano há mais e espero que de melhor forma.
Posso dizer que este jogo foi a minha maior tristeza num estádio de futebol.
Aqueles jogadores não mereciam o desfecho, os adeptos também não.
Ver jogadores como o lucho chorarem no fim do jogo foi de uma frustação incrível. Jamais esquecerei este jogo e todo o tipo de sentimentos que vivi ao longo dos 120 minutos mais os penaltys.
Dragaoshow
É verdade, para além de ter sido uma violência emocional, foi no final frustante. É isso, nem adeptos nem jogadores mereciam aquele desfecho.
Os jogadores foram fenomenais deram tudo por aquela camisola que vestiam.
Novas conquistas avizinham-se. Não há tempo para lamentações. Amanhã no Dragão lá estaremos para assistir, esperemos, a mais um jogo «à Porto».
Cumprimentos.
Boa noite! Voces nao fizeram um video de montagens após esta derrota com o Schalke? Ja me falaram nele mas ainda nao consegui ver. Se me pudessem ajudar a encontrar agradecia. Parabens ao Blog, esta muito bom!
Diogo
Responder para: silva.diogom@gmail.com
Obrigado e TRI TRI CAMPEOES!
Sou brasileiro e ex-jogador, e sempre admirei o time do Porto. O Porto era e sempre será minha inspiração.
Hoje sou professor e Biólogo, junto com meu amigo, também, ex-jogador temos uma escolinha de futebol, onde usamos as cores do porto.
O Porto é o maior entre todos,
Ele é a minha paixão.
Tudo Nele geração alegria,
todos os sentimentos, amor e emoção...
Um abraço a todos !!
profsergioguedes@bol.com.br
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