segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Bem-haja ao Futebol à Antiga!

Numa hora perfeita (15h30m), num dia perfeito (Domingo), com um tempo óptimo, primaveril, num estádio lotado de público, o Porto acrescentou golos para que se consumasse o regresso ao futebol à antiga. Pena que só aconteça em eliminatórias da Taça de Portugal e não semanalmente na Liga portuguesa. O Sertanense, como anfitrião, está de parabéns pela bela festa que proporcionou na visita do FC Porto.

No terreno de jogo, o Porto cumpriu com a sua obrigação e goleou. Os Bicampeões Nacionais tornaram o jogo fácil ao procurarem desde cedo a vitória. Tarik começou por materializar a ambição portista ao inaugurar o marcador contra o Sertanense. Farías imitou o gesto de Tarik e as hipóteses da equipa da III divisão fazer uma surpresa na Taça de Portugal reduziram-se substancialmente.

Para lá da festa que se fazia nas bancadas do Estádio Dr Marques dos Santos, o melhor estava reservado para o final da primeira parte. Ao minuto quarenta e cinco, Kazmierczak empolgou-se pelos bombos que ecoavam das bancadas e desferiu uma bomba à entrada da área do Sertanense. A bola entraria no ângulo superior esquerdo da Baliza do time da Sertã.

Com uma curiosa legião de brasileiros, a equipa do Sertanense não foi capaz de fazer sombra ao Porto. Foi, portanto, com naturalidade que a equipa da Cidade Invicta chegou em vantagem ao intervalo. No reatar das emoções, Kaz tentou fazer um chapéu ao guardião do Sertanense mas a bola caprichosamente embateu na trave. Porém, Farías incumbiu-se da missão de ampliar a vantagem, bisando assim na partida. Ernesto Farías demonstrou igualmente nesta partida a sua aplicação ao trabalho em prol da equipa e provou que a veia goleadora pode estar para durar, seis meses após a sua chegada ao Dragão.

O resto desta eliminatória de festa serviu para dar minutos aos jovens Castro, Hélder Barbosa e Rabiola. Uma medida de Jesualdo Ferreira que naturalmente se saúda. Rabiola fez mesmo a sua estreia na equipa principal do FC Porto, depois do discreto empréstimo ao Vitória de Guimarães. O Porto ultrapassou mais uma eliminatória da Taça de Portugal tendo em vista o objectivo Jamor. Espera-se que o Porto possa chegar ao palco do Estádio Nacional envolto neste clima de festa. Aliás, era bom que esta festa contagiasse de alguma maneira a Liga portuguesa de modo a que o público voltasse aos estádios. Claro que as entidades responsáveis têm de proporcionar também as condições elementares para que o povo encha as bancadas. Valeu a pena ter calhado ao Porto esta deslocação à Sertã para que tantas pessoas pudessem reviver o verdadeiro futebol, o futebol à antiga.

2 comentários:

Pedro Silva disse...

Ora viva amigo Nicolau, eis que finalmente consigo arranjar um tempinho para passar por aqui...

Foi um dia quase perfeito, não fossem os jornalistas da Antena 1 andar a "cantar" a cada minuto que um dos golos do FC Porto foi em fora de jogo... Só se calaram quando se alcançou o 4º golo...

E se tiveres oportunidade de ir ver um jogo ao Dragão vais reparar que aquilo está quase sempre cheio... Eu vou lá sempre que o Porto joga em casa, dai que seja obrigado a dizer que nós Portistas vamos á bola e consideramos o Dragão a nossa casa, agora os outros que se lixem e não me venham dizer que os estádios estão vazios por isto ou por aquilo... Até já fomos acusados por uma inteligência que se afirmava de benfiquista que em vez de darmos de comer á família que roubávamos para ir ao nosso estádio... Ao ponto que a inveja chegou lol lol

Saudações Portistas!!!

Nicolau d'Almeida disse...

Caro Super Dragão, muito obrigado por passar aqui e deixar o seu comentário.

Não foi só o facto de os jornalistas radiofónicos insistirem nesse fora-de-jogo. Eles fartaram-se de "cantar" que o árbitro não assinalou um penalty ao Sertanense. De facto, até um jogo para a Taça e com um adversário claramente inferior serve para eles fazerem tanto alarido. Porém, outros clubes também se podem queixar de uns penaltys muito duvidosos. Acontece a todos, mas a inveja que têm ao Porto faz-lhes esquecer isso. Que se há-de fazer?

Sim, dificilmente perco um jogo no Dragão e é visível que a taxa de ocupação do nosso estádio é sempre elevada. Aliás, é a melhor média em Portugal. Eu referia-me era ao facto de se os jogos se disputassem como antigamente ao Domingo de tarde talvez isso contribuisse para que na generalidade dos estádios portugueses houvesse mais público. Foi nesse sentido que me sintonizei no bom exemplo deste jogo com o Sertanense que, nesse dia e nesse horário, chamou muito público ao estádio. Claro que devemos preocupar-nos com o nosso clube acima de tudo, e eu preocupo-me e agrada-me que tenhamos o Dragão sempre com muita gente. Mas seria certamente mais bonito e melhor para o futebol português que os estádios tivessem mais gente. Mas quando se fazem jogos à Sexta ou à Segunda à noite como é que os estádios podem estar cheios? Não podem!

Muito curiosa essa história da "inteligência benfiquista". É deveras intrigante constatar como é que um clube com 6 milhões de adeptos não consegue encher um estádio de 60 e tal mil lugares. Acho que é uma verdadeira proeza. Talvez seja por isso que eles estão no Guinness Book!

Mais uma vez, obrigado por visitar este espaço. Um grande abraço.