Depois do furor do campeonato, o Porto não encontrou estímulos suficientes para encarar o Fátima e a Taça da Liga como alvos importantes. Pior, nem mesmo os menos utilizados fizeram pela vida de modo a mostrarem ao treinador que pode contar com eles. Só dois ou três é que escaparam à monotonia.
Jesualdo optou por rodar a equipa nesta eliminatória da Taça da Liga. Acho que fez bem. Primeiro, têm sido praticamente as mesmas unidades a disputar os jogos. Segundo, aproximam-se desafios importantes no campeonato e na Champions League, não esquecendo a Taça de Portugal. Terceiro, e não menos importante, é justo que todos tenham oportunidades de alinhar com a camisola azul e branca, de modo a provarem a sua competência ao treinador. Teoricamente, a equipa que o Porto apresentou ontem contra o Fátima deveria ser superior à equipa do centro do país. Infelizmente, no campo, as coisas foram diferentes.
Uma equipa composta na sua maioria por reforços não é a mesma coisa que uma equipa rotinada e com mecanismos de jogo. Todavia, a valia individual de cada atleta do Porto, jogando contra uma equipa do segundo escalão, deveria ser suficiente para colmatar essa lacuna. Não foi só uma equipa sem rotinas de jogo, foi uma equipa apática e desmotivada. Faltou alma ao Porto. Faltou chama. Faltou comprovar em campo que o Porto era melhor do que o Fátima, mesmo jogando com uma equipa diferente do habitual. Quando o Golias não tem mais vontade de vencer, o David, na sua humildade, encontra uma fragilidade para explorar e que o pode catapultar para a vitória. Isso não aconteceu nos 90 minutos, mas nos penalties houve milagre.
Que dizer dos penalties? São uma lotaria! O Porto perdeu no momento em que terminaram os 90 minutos regulamentares. Aí é que o Porto deveria ter resolvido tudo a seu favor. Para o Fátima, chegar aos penalties, mesmo antes de os marcar, já era uma proeza extraordinária. Não foi a Nossa Senhora de Fátima que permitiu que se chegasse aos penalties, foi o Porto, apenas. Pelo feito histórico, só resta felicitar o Fátima pela vitória. Pelos pecados, só resta aos atletas do Porto penitenciarem-se, reflectirem e trabalharem nos limites para vencerem o Boavista. Tudo isto, na esperança de que o Concílio do Dragão, marcado para Sábado, absolva os atletas de todos os pecados cometidos.
2 comentários:
É incrível k nesta crónica do jogo não fale mal do Mister Jesualdo. Ele é o grande culpado desta derrota e de mais uma humilhação. Uma vergonha!!!
De resto um excelente blog k acompanho smp k posso.
Caro amigo, na minha opinião, acho que os jogadores são os principais responsáveis pelo resultado. Existe em Portugal o costume de culpar sempre os treinadores pelas situações menos positivas, o que não concordo em absoluto. Os despedimentos verificados já nesta temporada 2007/08 são sintomáticos dessa situação. Neste jogo, os jogadores deveriam ter feito muito mais! Jesualdo Ferreira deu, e bem, uma oportunidade a todos eles de mostrarem serviço. Se há alguma ilação a retirar deste resultado, é que Jesualdo viu reduzida a sua base de jogadores de confiança. Os atletas escalados para o jogo simplesmente não renderam, com algumas felizes excepções. Não sei onde poderão ser apontadas responsabilidades ao treinador neste particular. Obrigado por visitar este espaço. Um abraço.
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